sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Uergs e a vida acadêmica

Ingressar em uma universidade pública é o sonho de muitos estudantes. A universidade pública é responsável por possuir cursos de qualidade e reconhecida pesquisa científica e tecnológica. Mais do que ser reconhecida como uma instituição que desempenha importante papel ao desenvolvimento humano e sustentável na sociedade contemporânea, a universidade precisa pensar também na questão regional.

Enquanto que grande problema da universidade pública brasileira está no elitismo, na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) se percebe justamente o contrário. A Uergs reserva mais de 50% das vagas a estudantes carentes beneficiários de bolsa. É indiscutível a importância dessa universidade para contribuição do desenvolvimento ao estado.

Além disso, essa universidade é caracterizada por possuir cursos pensados para diferentes regiões gaúchas. Mais do que contribuir para as economias regionais, uma universidade pensada em polos evita que estudantes saiam da sua região para buscarem a qualificação profissional.

Ao mesmo tempo a Uergs tem papel fundamental no desenvolvimento da pesquisa. Programas de pós-graduação – especialização, mestrado e doutorado – são essenciais para garantir maior utilidade da universidade. Por conta, do recurso escasso uma solução seria criar programas ligados a mais unidades. Maior divulgação dos grupos de pesquisa também é essencial para garantir maior notoriedade a instituição.

A Uergs autorizada em 10 de junho de 2001 e possui 24 unidades e hoje conta com quatro mil alunos. Em 2014, a Uergs obteve, pelo terceiro ano seguido, conceito 4 no Índice Geral de Cursos , indicador que mede a qualidade dos cursos em uma escala de 1 a 5. A curta história da universidade mostra o grande caminho a percorrer e adaptar-se aos novos tempos, as diferentes regiões, gerando qualificação e empregos locais. É preciso que a instituição crie alternativas, crie novos cursos regionais, mas sem concorrer com as universidades comunitárias.

É preciso garantir uma forma da Uergs poder firmar parcerias para investimento em pesquisa e inovação. Hoje devido a sua natureza jurídica a universidade, só pode receber recursos públicos. Para isso é preciso ter autonomia, decorrente de mecanismos de alocação de recursos que incluam o aprimoramento contínuo de avaliação de docentes, departamentos e unidades.

Crise econômica das finanças do Estado não pode ser resolvida atacando um dos pilares do desenvolvimento de qualquer nação: a educação. O sonho de ser uma instituição de excelência, nos moldes da USP ou da Unicamp ainda existe. Por isso, a universidade do estado deve permanecer como uma das grandes instituições do Rio Grande do Sul, com contribuição determinante na formação das novas gerações e no avanço do conhecimento humano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário