quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cotas raciais

Sou a favor de cotas raciais na educação, em especial nas universidades, como também apoio o programa de transferência de renda do governo federal que hoje é denominado de Bolsa Família. Iniciativas como essas são importantes na tentativa de aproximar as chances dos que estão em pontas diferentes da tabela social. A Constituição brasileira prevê uma série de medidas que beneficiariam de forma direta os menos favorecidos.

Uma das formas de corrigir erros e atrocidades históricas com relação aos negros é a criação das cotas raciais. Essas ações em favor dos afro descentes são importantes para garantir o acesso do ensino superior a quem a educação e o respeito foi renegado por séculos.  

Porém, as cotas raciais brasileiras no ensino são declaratórias e motivo de preocupação. Denúncias de jovens com pele branca crescem nas instituições públicas. Universidades em diferentes regiões brasileiras abrem processos de investigações por denúncias envolvendo o uso indevido das cotas raciais. A Lei das Cotas de 2012 e prevê que até 2016 todas as universidades e institutos federais terão 50% das vagas reservadas a alunos de escolas públicas. As vagas são subdivididas por renda familiar e critério racial. A questão da auto declaração da raça nunca foi regulamentada na lei.

A questão toda está ligada a falta de controle ao benefício. Cada instituição de ensino tem autonomia para decidir quais procedimentos vai adotar para confirmar as informações fornecidas nas inscrições. Porém, a Lei de Cotas deveria prever uma autodeclaração confrontada. O cotista antes de ter seu aceite divulgado pela universidade, deveria passar por comissão avaliadora. Ou que ao menos os cotistas fizessem a matricula juntos. Isso evitaria que pessoas de cor branca  roubem a vaga dos negros. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário