quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Voluntariado

Crianças abandonadas, desigualdade social, idosos sem assistências, degradação ambiental, vítimas de violência, dependentes de drogas, sistema educacional inadequado são alguns dos problemas que ecoam no mundo. Somado a isso, temos uma inversão de valores na sociedade. O “ter” é mais importante que o “ser”. Mas, todos somos responsáveis por um mundo mais humano e solidário.

Certa vez o grande mestre Eduardo Galeano falou que o exercício da solidariedade, quando praticado no cotidiano, é uma forma de humildade, mas acima de tudo de reconhecer a grandeza escondida nas coisas pequenininhas. Ainda segundo Galeano, isso implica em “denunciar a falsa grandeza das coisas grandinhas em um mundo que confunde grandeza com grandinho”.

Isso implica engajamento popular, afinal de contas o Estado somos todos nós: cidadãos, empresas e governo. Mesmo diante da inversão de valores e de problemas sociais, muitos encontram tempo e disposição para se dedicar a alguma causa social. O voluntariado é apenas uma das maneiras de participar. Empresas, escolas e universidades podem aumentar o seu papel social participando de ações dos mais necessitados.

Assim a sociedade desenvolve líderes, estimula a solução de problemas locais e constrói a cidadania com base na cooperação. O voluntariado é importante na superação de obstáculos. No voluntariado é uma troca, mas é também uma relação humana, rica e solidária. Cada necessidade social é uma oportunidade de ação voluntária. Ao mesmo tempo, isso enobreve a democracia, que se faz presente também nos deveres.

Mais do que estimular a solidariedade, a partir dessas ações os indivíduos tornam-se até mesmo mais tolerantes e pacientes. As pessoas precisam reconhecer os ganhos de se viver em comunidade. Voluntarioado é uma das contribuições para construção de uma sociedade mais humana e menos desigual. Para Edgar Morin é preciso ensinar a compreensão humana. Mas ele diz ainda que a “A esperança é a ideia que o futuro já que é incerto e já que é desconhecido, pode justamente ser melhor (…)”.

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