Apesar do consumo da erva-mate tradicional sob a forma de
chimarrão e chá ainda ser a mais explorada, cresce a segmentação desse mercado.
O próprio cultivo da erva-mate chamada de orgânica já agrega diferencial a
produção e na qualidade do produto. Além das tradicionais destinações da
erva-mate, a sua utilização na indústria de tintas e resinas, medicamentos,
desinfetantes começa a crescer, mesmo que seja de forma tímida. Em alguns municípios a planta virou
ingrediente de refrigerante. O Instituto Federal de Santa Catarina campus
Xanxerê desenvolveu barras de cereais de milho e erva mate. O objetivo foi
valorizar as matérias-primas da região. Os produtos já foram registrados e agora
o IFSC busca a patente.
De olho no segmento de energéticos, startup catarinense
lança produto fabricado à base de erva-mate e guaraná. A bebida é voltada a
jovens de classe A e B. O energético não tem açúcar em acesso, tem produtos
naturais e apresenta poucas calorias. O produto tem alta dosagem de cafeína,
mas sem os ingredientes artificiais dos energéticos convencionais.
Conforme o médico Oly Pedrinho Schwingel, que se dedica à
medicina natural e ao estudo das plantas, a erva-mate é considerada um “alimento
quase completo, pois contém a maioria dos nutrientes necessários para sustentar
a vida”. Saúde comprovada em laboratório. Comprovação científica indica que a
erva é rica em vitaminas, A, B1, B2, B6, C e E, proteínas e minerais como
cálcio, potássio e magnésio. Quando consumida em forma de chá, ganha
propriedades diuréticas, digestivas e estimulantes. Elimina estados
depressivos, deixa o cérebro em alerta e ajuda a espantar a fadiga. É perfeita
para aqueles momentos de cansaço e desânimo, pois contém cafeína. Também possui
características antioxidantes, devido à presença de flavonóides. Outras
pesquisas indicam que o chá da erva-mate é indicada sobretudo no combate ao
colesterol e diabetes e no auxílio à redução dos efeitos do Mal de Alzeihmer.
Pesquisadores descobriram ainda que a erva-mate tem um número de propriedades
antioxidantes, superiores inclusive ao chá verde. Os antioxidantes combatem os
radicais livres, que provocam o envelhecimento precoce.
No mercado de cosméticos cresce a utilização da erva-mate
como componentes que estimulam a hidratação e a circulação do corpo, o que
melhora o tom da pele. Isso torna a erva-mate um dos melhores produtos para
tratamentos de pele, seja no rosto ou no corpo inteiro. Além disso, a planta
possui alto poder de cicatrização. Os antigos indicavam aplicar sobre a pele
machucada o uso in natura da erva-mate. Os resultados sempre foram excelentes,
o que desagradava era a “mancha verde” que ficava sob a região a ser curada. A
partir disso, surgem cremes hidratantes para os pés, com ação cicatrizante e
bactericida. Mais do que cicatrizar e hidratar, a erva-mate ativa a micro
circulação e controla os odores da transpiração
e tonifica a pele.
O médico Oly Pedrinho Schwingel ressalta que a bebida
tradicional dos gaúchos não tem contraindicações. A bebida costuma provocar uma
agradável sensação de bem-estar. Porém, o profissional recomenda o consumo
máximo de três chimarrões novos por dia. “Quem tem dúvidas deve sempre saná-las
antes com seu médico”, aconselha, indicando consumo moderado para hiperativos,
hipertensos e pessoas com problemas cardíacos. Por meio da erva-mate é possível
acreditar que, a longo prazo, ocorra uma redução das doenças
crônico-degenerativas, em especial o envelhecimento precoce. Estão em andamento
estudos ligados a cápsulas à base do extrato seco da erva. A medida facilitará
o consumo e existe a expectativa de elevar em pouco tempo a erva-mate ao
estados de produto farmacêutico ou suplemento alimentar. A longo prazo poderá
ser classificada em alimento funcional. Sempre presente no dia-a-dia, o
chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, uma
tradição representativa do nosso pago. Uma roda de chimarrão, é um momento de
cultura, tradição, descontração e afeto, que faz parte de um importante ritual
para unir gerações. Assim, além de relevante economicamente e de todas as
funções medicinais e fisiológicas a erva mate é elemento de socialização e de
preservação da cultura. É um hábito histórico que atravessou séculos e permanece
presente no dia-a-dia dos herdeiros dessa história.
Além da questão temperatura ideal, a água quente é importante para extrair os princípios bioativos da erva, como antioxidantes. Tais princípios foram encontrados no chimarrão em um estudo da Unipampa, publicado em maio de 2016 no Journal of Food Chemistry. O estudo mostrou que a infusão tem uma grande quantidade de polifenóis – substâncias que combatem os radicais livres. O chimarrão também teria propriedades analgésicas, conforme trabalho publicado em março de 2016 no Pharmacognosy Research, a partir de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Santa Catarina e na Universidade de Ponta Grossa, no Paraná.
Além da questão temperatura ideal, a água quente é importante para extrair os princípios bioativos da erva, como antioxidantes. Tais princípios foram encontrados no chimarrão em um estudo da Unipampa, publicado em maio de 2016 no Journal of Food Chemistry. O estudo mostrou que a infusão tem uma grande quantidade de polifenóis – substâncias que combatem os radicais livres. O chimarrão também teria propriedades analgésicas, conforme trabalho publicado em março de 2016 no Pharmacognosy Research, a partir de pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Santa Catarina e na Universidade de Ponta Grossa, no Paraná.
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