sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O Uruguai 
é sempre surpreendente!

A “Suíça” da América – que possui profunda ligação com o Rio Grande do Sul –  está preocupada em garantir qualidade de vida a partir de um sistema de educação e leis que funcionam. Os 3,5 milhões de habitantes ganha ganha de forma constante os holofotes internacionais. O Uruguai permite aborto, matrimônio igualitário, ingresso de homossexuais nas Forças Armadas e uso da maconha. A “Suíça” da América foi pioneira ao permitir em 1907 o divorcio, em 1927 autorizou o voto feminino e 1927 determinou que o lucro da venda de álcool fosse aplicada em saúde pública. 

Na educação, foi o primeiro a garantir a educação laica e gratuita. Reformas religiosas garantem ao Uruguai o país mais laico da região. O curioso é que o país tem a maioria da população de tradição católica. Desde de 1908 o Uruguai suspendeu o ensino religioso nas escolas. Com a regulamentação e limitação do ensino religioso, foi proibido a utilização de crucifixos em hospitais e escolas e extintos os feriados religiosos. 

Hoje o país é o  mais alfabetizado da região, com fama de povo culto e bons índices de desenvolvimento humano. No Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Alunos – o Brasil perdeu colocações e adivinhe, o Uruguai avançou. O Brasil perdeu duas posições e ficou em 60º no ranking mundial de educação que contempla avaliações feitas em 76 países. Ficamos atrás da Tailândia (47º), Irã (51º), Malásia (52º) e dos vizinhos Chile (48º) e Uruguai (55º).

Esses avanços atravessam transversalmente o arco político ideológico. As atualizações jurídicas e sociais são constantes. O mais curioso é que não há nada de extraordinário no modelo uruguaio, mas por lá prevalece a cultura de responsabilidade. Leis progressistas e educação de qualidade ainda não expressões vazias em um país quando utilizamos índices internacionais para medir o desempenho dos países nas áreas.

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