sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Chile e Brasil, algo comum na educação

A Segunda Guerra Mundial encerrou com um pensamento quase unanime entre os países envolvidos. A partir do fim oficial do conflito se passou a trabalhar para que novas guerras daquela proporção não ganhassem mais vez para se instalarem no mundo. Com isso surgiu a Organização das Nações Unidas e tribunas internacionais ganharam força. O ensino também passou a ser um foco importante não apenas na Alemanha, mas assim deveria ter sido em todo o mundo. Trabalhar o Holocausto, a Segunda Guerra Mundial e o Terceiro Reich eram tido como metas no ensino de História. A Alemanha perdeu território como forma de compensar as barbáries da guerra e foi partida em quatro partes. Uma passou a ser administrada pela França, outra pelos Estados Unidos, pela União Soviética e quarta parte foi destinada a Inglaterra. Enquanto que a Alemanha estava sob internação internacional, a principal meta era reeducar os seus cidadãos para que nunca mais tentassem uma guerra.

A Alemanha foi reeducada. Ficou por 40 anos dividida em dois blocos, entre o socialismo e o capitalismo. O Muro de Berlim caiu. Porém, o resto do mundo tem dificuldades para mostrar nas escolas as barbáries que ocorrem no Europa durante o conflito mundial. Quando o assunto é o esforço para se lembrar da tragédia perpetrada pelos campos de concentração, uma organização precisa ser lembrada: a Aliança Internacional para a Memória sobre o Holocausto. Esse genocídio em massa matou quase sete milhões de pessoas durante a Segunda Grande Guerra. O massacre nazistas, liderado por Adolf Hitler, ocorreu em diversos campos de concentração instalados nos territórios ocupados pela Alemanha.

Uma das principais questões sempre colocadas à instituição é a necessidade de ensinar sobre o Holocausto em países sem conexão direta com a Segunda Guerra Mundial - como é o caso do Brasil. Essa aliança mundial que tem por objetivo preservar a história desse genocídio tem apenas uma representação latino-americana: a Argentina. El Salvador e Uruguai participam como observadores. O curioso é que uma pesquisa dessa organização demonstra que América do Sul apenas o Brasil e o Chile possuem referencia direto do holocausto em seus currículos. Argentina é classificada por fazer referencia parcial e o Uruguai por fazer apenas passar o contexto do episódio.

Visitar os campos de concentração e museus sobre o tema é uma experiência dura e terrível. Nesses locais se percebe de fato como o regime nazista conseguiu sem escrúpulos matar milhões de judeus, ciganos, negros, deficientes, homossexuais, testemunhas de Jeová, eslavos, sindicalistas e opositores políticos. Mortes em massa a partir de câmaras de gás, campos de trabalho forçado e por meio de armas. Acredito que a Alemanha aprendeu a lição. Porém, muitos países tidos como desenvolvidos parece que querem a guerra sempre e a todo custo...

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