sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Hitler é pop

Ele nascido em 1889 na Áustria e seu sonho era ser artista, escrevia poemas e primeiro amor foi uma judia. A frase poderia resumir a vida de algum professor ou religioso. Porém, essas informações são relativas ao maior ditador contemporânea e que tinha como sonho dominar o mundo. Adolf Hitler foi responsável por criar um método que matou mais de sete milhões de pessoas. O massacre nazistas, liderado por Hitler, ocorreu em diversos campos de concentração instalados nos territórios ocupados pela Alemanha.

O regime nazista conseguiu sem escrúpulos matar judeus, ciganos, negros, deficientes, homossexuais, testemunhas de Jeová, eslavos, sindicalistas e opositores políticos. Mortes em massa a partir de câmaras de gás, campos de trabalho forçado e por meio de armas. Ao que tudo indica, a Alemanha aprendeu a lição, mas muitos cultuam sua memória de forma absurda e ignorante.

Ao que tudo indica com o passar dos anos a memória de Hitler, ou mesmo a seus aliados, está fazendo bem. As novas formas de referencia a nazismo parece que tiraram terror produzi pelo regime. As principais referencias atuais a Hitler são uma enxurrada de representações humorísticas desde tiras de jornal até paródias no You Tube.

Na Índia é sucesso a venda em lojas e por ambulantes, os sorvetes de casquinha Hitler Ice Cream Cones, marca que leva o nome e o rosto do ditador nazista. Em 2012, após centenas de queixas, o governo do estado indiano de Gujarat fechou uma loja de roupas masculinas chamada Hitler. A logo usava uma suástica como o ponto sobre o “i”. No ano anterior, a rede de televisão indiana Zee TV lançou uma novela intitulada "Hitler Didi", exibida também nas afiliadas de outros países. Em Hindi, o título do programa quer dizer “Tia Hitler”.

Sátiras ao líder alemão também eram comuns fora da Alemanha enquanto ele estava no poder. Na deca de 1940, Charles Chaplin, inspirou-se em Hitler no filme O grande ditador. Porém, na sua autobiografia, Chaplin afirma que não teria filmado a película se soubesse o que eram os campos de concentração.

O fato de tanta gente estar disposta a fazer graça com o nazismo mostra que as pessoas estão se sentindo menos obrigadas a tratar o Terceiro Reich como um período de exceção e estão começando a vê-lo como um outro período histórico qualquer. Em uma momento de crescente antissemitismo pode estar sendo criado um novo Holocausto. A grande questão é saber quais serão esses efeitos nas novas gerações.

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