sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

As cidades do século 21

Diferentes de outros séculos, agora as revoluções e reivindicações ocorrem nas cidades. Nos primórdios, cidades surgiam e desapareciam conforme a vontade dos reis e imperadores. Porém, agora as cidades concentram, pela primeira vez, a maioria das pessoas. Hoje 4,5 milhões de pessoas vivem na zona urbana, deixando para trás suas origens rurais.

A partir do sentimento de pertencimento e civismo é normal que manifestantes reivindiquem nova posição dos políticos. Os cidadãos do mundo não se sentem representados pelos seus governantes. A meta é combater o crescimento econômico para cuidar da qualidade de vida nas cidades.

O filósofo francês Pierre Lévy, que esteve na Univates dia 13 de setembro, diz que no mundo as manifestações só tendem a aumentar. Para o sociólogo catalão Manuel Castells, outra importante personalidade, os políticos de hoje são “burocratas preguiçosos”. "O espaço público reúne a sociedade em sua diversidade".

No Velho Continente ir as ruas é comum, embora aqui tenha sido a primeira vez que tenhamos feito isso sem o apoio de partidos ou sindicatos. Na Alemanha presenciei há três anos protestos nacionais conta a reconstrução, em Stuttgart, da estação férrea, um prédio histórico. No mundo os exemplos são muitos, como a Primavera Árabe e mobilizações na África do Sul e no Chile.

Por aqui, a luta ainda é outra. Precisamos repensar nossas cidades enquanto pequenas. O problema não é acadêmico, a Unisc possuí pós-graduação em Desenvolvimento Regional e a Univates possuí mestrado e doutorado em Ambiente e Desenvolvimento, com o foco em espaço, ambiente e sociedade. Academicamente as reivindicações dos manifestantes, especialmente a da mobilidade urbana é tangível. Mas, depende dos líderes e políticos em usarem esse conhecimento em favor dos Vales.

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