quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Convivência nas escolas

Vivemos um complexo período nas escolas brasileiras. Crescem as reclamações dos professores de que os alunos estão cada vez mais indisciplinados nas salas de aula. Para dar um basta nessa questão, escolas recorrem a regras de controle e punição. Porém, ao restringir as liberdades, crescem ainda mais as agressões e humilhações. Parece tema ligado a Ditadura Militar, que deveria ser assunto superado no país. Sou contra a existência do excesso de regras como forma de resolver o problema. Se esquece que os estudantes precisam de princípios. A saída para termos uma convivência mais harmônica entre todos nas escolas é investir em formação ética e moral.

A escola precisa resolver conflitos coletivamente, mas sempre baseado no respeito e nos princípios locais. O medo que existe hoje não pode ser sinônimo de lei. Para normatização das relações pessoais não basta criar regras como forma de resolver o tema. É evidente que a formação moral do aluno precisa iniciar na pré-escola. Porém, todos têm responsabilidade na formação de cidadãos conscientes, inclusive a família. Pois, moral, ética e cidadania precisa ser aprendido. Isso não é espontâneo.

Embora não exista disciplina que trabalhe esse tema de forma especifica, o tema pode ser trabalhado em sua transplinaridade. Justiça, generosidade, respeito são expressões de uma sociedade digna e solidária. Mas isso tudo se constrói tendo por base o dialogo. Afinal de contas votação não é diálogo, a votação é poder. Porém, é importante que ações transversais podem ser feitos a partir de várias disciplinas, mas também podem ser trabalhados por um único professor.

Mas é claro, quando estudante é humilhado, ferindo o princípio da dignidade, precisam ser feitos debates e reuniões para discutir regras que garantam a defesa do princípio. Claro que dá mais trabalho seguir eo caminho do diálogo e das ponderações, mas não existe outra alternativa para também deixarmos o período ditatorial de fato para trás.  

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