domingo, 24 de janeiro de 2016

Lendas da erva-mate

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A erva-mate tem sua origem explicada pelos indígenas através de lendas, que lhe dão um caráter sobrenatural. Existem muitas lendas contando como foi que começou o uso da erva mate. Várias são as lendas existentes dentro do Brasil, e tão variadas como as culturas regionais, cada uma traz particularidades e curiosidades bastante interessantes.

Erva-mate

Toda a tribo tinha partido para a guerra. Mas um homem, por causa de sua idade avançada, teve que permanecer. E ele ficou chorando no alto de uma colina, vendo os jovens guerreiros partirem. Ele se lembrava de quando era um valente guerreiro e como, agora, estava fraco e envelhecido. Sua única alegria era sua filha Iari, que já tinha recusado muitos pedidos de casamento para ficar ao lado do velho pai. Um dia, chegou ao rancho do velho guarani, um viajante estranho, com roupas coloridas e olhos lembrando o azul do céu longínquo. O velho logo percebeu que o homem vinha de muito longe e recebeu o viajante com amizade. Iari foi buscar os melhores frutos da floresta e o mel mais doce das abelhas. O velho índio com os olhos cerrados para lembrar-se melhor das histórias de um mundo afastado no tempo, recordava episódios de sua mocidade. Tudo era feito para que as horas que o estrangeiro passasse ali fossem agradáveis. No outro dia, com o sol raiando, o viajante já estava pronto para partir. Dirigiu-se então ao velho índio e disse o recompensaria por ser uma pessoa tão boa. Revelou que era uma mensageiro de Tupã, espírito do bem. Na sequencia lhe concedeu um desejo. O velho então respondeu que queria uma companhia para a velhice afim de permitir a filha pudesse casar constituir sua própria família. Assim o mensageiro de Tupã entregou a ele uma planta de folhagens verdes, com poderes de dar ânimo. Ainda foi dito a ele que era para deixar essa planta crescer e beber de suas folhas. E Iari virou a protetora das florestas. As caminhadas de guerra se tornaram menos cansativas e os dias de descanso mais felizes. E desde então, Caá-Iari é senhora dos ervais e deusa dos ervateiros.

Erva-mate (lenda de Venâncio Aires)

Conta uma das lendas que Caa Yari era uma linda filha de um cacique, amada por um jovem a cujo amor não correspondia. Assediada, fugiu e, em sua fuga, atravessou glebas ao norte do município, semeando erva-mate no caminho, pois era de bom coração e queria fazer o bem a todas as tribos indígenas. Prestes a ser capturada por seu apaixonado perseguidor, pediu proteção a Tupã. Este a acudiu, abrindo o poço e fazendo Caa Yari nele desaparecer.

O poço sem fundo era uma fonte existente que abastecia os habitantes da localidade de Faxinal dos Fagundes, hoje região central de Venâncio Aires. Bondosa, a moça continuou a fazer o bem, distribuindo água de sabor agradável, a homens e a animais. Mas, como no fundo do poço eterno não podia mais semear erva-mate, explica-se por que as terras vizinhas dos municípios de General Câmara e Rio Pardo não possuem ervais nativos.

Leyenda El Mate (Argentina)

En épocas pasada habitaba en Misiones un pueblo de hombres fuertes y viriles, de los cuales era sin duda Caá, el más bello, robusto y apuesto.

Ocurrió que un día de primavera, perfumado por las esencias de las mil  plantas y yerbas aromáticas de la región, el joven salió a dar un paseo y conoció así a Yasg (la luna) una niña hermosísima de la que se enamoró perdidamente. Dispuesto a seguirla se internó en la selva corriendo sin descanso, durante tres días y dos noches, hasta el momento en que la vio convertirse en un árbol, cuyas ramas parecían brazos que quisieran extenderse hacia él. Rendido, exhausto y con el alma llena de dolor, se detuvo al pie de aquel árbol dispuesto a no abandonarlo jamás, hasta ver aparecer de nuevo a su amada.

...Los días pasaban en medio de la agreste soledad y sintiéndose desfallecer, tomó un puñado de las hojas de aquel árbol y machacándolas en una piedra cóncava, le agregó agua hasta formar una infusión, que bebió ávidamente ayudado por una pajilla hueca. Sus amigos que lo buscaban afanosamente, lo encontraron por fin y compartieron con él, aquella extraña libación, cuyo sabor a pesar de ser amargo, producía una inefable delicia y despertaba el deseo de volver a gustarlo. Los amigos de Caá, llamaron a aquella bebida: Cáág, que significa en guaraní "agua de Caá" y cuando con ese objeto deseaban ir, hasta donde se hallaba el enamorado, decían: Yabrá-Yaca-a-g-u, o sea "vamos a beber el agua de Caá". Actualmente, la palabra ha sido desfigurada y los que hablan el vocablo guaraní dicen: "Yacaú" (tomemos mate)...

Caá pasó así tres días al pie de aquel árbol querido hasta que, envuelto en las penumbras del crepúsculo, de una tarde apacible y llena de murmullos de la selva inmensa, lo vieron convertirse en una gran ave, que al sentir la proximidad de quienes iban a verlo, voló hacia la espesura gritando en su lengua primitiva: "Yasg-Yaraé; Yasg-Yaraé" (amada mía); (amada mía)..."

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