sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Petróleo e educação

Não há e nunca existiram no Brasil tentativas sérias e concretas para combater a ignorância. Há quase 20 anos a legislação determina a existência de currículo comum para as escolas do país, tanto as públicas quanto as privadas. É inexistente há clareza sobre o que os estudantes devem saber em cada série. O novo Plano Nacional de Educação exige que o Ministério da Educação defina o currículo até junho de 2016.

Os números compravam que nos rankings internacionais não estamos nada bem. Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), que examina de três em três anos o nível educacional de jovens de 15 anos em 65 países. Na avaliação mais recente o Brasil ocupa o 55º lugar no ranking de leitura. Em matemática, o lugar do Brasil é ainda pior (58ª), conforme a entidade responsável pelo estudo, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Porém, essa entidade divulgou um outro estudo a partir dos desempenhos dos estudantes nos países avaliados. O exame PISA mostra uma relação negativa entre o dinheiro que os países ganham a partir de seus recursos naturais e as habilidades de seus estudantes. Segundo o estudo as nações com poucos recursos naturais, como Finlândia, Japão ou Cingapura, a educação é muito valorizada pelo fato população compreender que o país tem de ganhar a vida com o seu conhecimento.

Isso caí como uma bomba. Para garantir as metas previstas no governo que usa como lema “Brasil, Pátria Educadora” a presidenta Dilma Rousseff espera destinar grande parte dos royalties do petróleo para a educação. Em um país com tanta corrupção, é evidente que petróleo e educação não se misturam.

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