sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O ensino na Finlândia

Um pequeno país do norte da Europa pode ser um exemplo em educação de qualidade. A Finlândia mesmo estando entre os dez melhores no ranking do Pisa anuncia mudanças profundas no ensino. O Pisa compara o desempenho em matemática, ciência e leitura de meio milhão de alunos de 15 anos em 65 países.

O sistema de educação do país no nórdico anunciou irá abolir as disciplinas do currículo escolar. Com essa reforma, serão valorizados os projetos interdisciplinares. No novo plano de educação tópicos como “mudança climática”, “União Europeia” e “centenário da independência da Finlândia” ganham mais ênfase do que a rigidez das disciplinas. O modelo leva o nome de “aulas de fenômenos” e permite que o aluno entre em contato com temas transversais com a ajuda de fatos do cotidiano.

O novo modelo muda o foco e sai do ensino tradicional e garantir às crianças as habilidades necessárias para a sociedade do futuro. O modo tradicional de ensino era ideal na era industrial. Fazer a mesma coisa todos os dias, ano a após ano e sentar de frente para o professor não prepara mais o cidadão para utilizar suas habilidades individuais e, ao mesmo tempo, demonstrar capacidade de inovar.

Ao mesmo temo, o ensino da escrita cursiva e as aulas de caligrafia se tornarão optativas nas escolas primárias da Finlândia. Assim, algumas crianças aprenderão a escrever apenas com letras de forma – aprendizado que continua obrigatório –, e se iniciarão mais cedo na prática da digitação, uma competência classificada de importância nacional.

Porém, para chegar nesse ponto, a Finlândia investiu de forma massiva em educação durante 40 anos. a Finlândia gasta menos dinheiro por aluno no ensino primário e secundário do que a média dos países ocidentais. A ênfase foi colocada na qualidade da supervisão, no número e na formação dos professores. Parte da formação não é dedicada ao conteúdo a ser transmitido, mas a maneira de transmitir. Por lá professores do ensino fundamental e básico possuem no mínimo mestrado.

Além disso, o salário anual de um professor do ensino médio na Finlândia (US$ 28.780) é menor do que nos EUA. Por lá, um professor fica no máximo 20 horas por semana na escola. Mas naquele país escandinavo os professores são altamente respeitados na sociedade. Lá se compreende que envolvimento do professor é diferente de presença nas escolas. Na Finlândia, a sociedade valoriza a educação e os professores e isso motiva pais ao verem seus filhos estão verdadeiramente motivados.

Ao mesmo tempo que o sistema é desprovido de avaliações, existe um profundo respeito pelas diferenças e as escolas possuem grande autonomia. Na escola finlandesa inexiste a repetência e não há notas nos primeiros anos. Existe limite de alunos por sala de aula.

O sistema de ensino na Finlândia se consolida há anos como um modelo de igualdade no ensino. disciplinas e o conteúdo perdem espaço para competências e alunos ganham papel ativo na avaliação. mudar o foco é partir para uma solução inovadora que ajude no progresso da sociedade finlandesa. novo jeito de ensinar permite resultados muito melhores em diferentes áreas, porque você passa a aprender sobre determinado tema para a vida e não somente para a escola. as crianças não estão na escola para passar nas provas. Elas vêm aprender a vida, encontrar seu próprio caminho. O sucesso finlandês tem suas raízes na tradição política dos países nórdicos, ligada às realizações concretas do Estado de bem-estar social, mais do que a uma doutrina. Propostas de mudanças radicais como esta geram certas inseguranças que nos remetem a nossos princípios formadores. Não formamos mais para a sociedade quem fomos formados.

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