quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Incentivo à leitura

É caro editar um livro no país. Os incentivos por parte dos governos estadual e federal são poucos e burocráticos. Incentivar a cultura regional é preservar a história local e nacional. Dar espaço a escritores fora do mundo acadêmico dos Vales do Taquari e Rio Pardo é ao mesmo tempo uma forma de tentar melhorar os péssimos índices de leitura. Brasileiros leem em média quatro livros por ano. Mas nessa pesquisa estão contabilizados também os livros didáticos.

Fico sentido também quando percebo que alguns editam livros apenas para melhorar sua nota de desempenho no mundo acadêmico. Alguns encaram a medida como uma verdadeira competição. Perde com isso a região que acaba não tendo espaço para repensar os vales. Assim os vales permanecem muitas vezes com os mesmos discursos por décadas. Perdemos todos com a diversificação das ideias.

Para mudar ideias é fundamental o acesso a livros. Mesmo sendo caros, existem na região ótimas bibliotecas. Principalmente as ligadas a Univates e Unisc. Duas instituições de ensino superior que são também comunitárias. Isso garante com que a comunidade como um todo também tenha acesso as publicações.

Talvez não exista tanto interesse em usufruir desses espaços em função do velho problema ligado a edição de livros locais. Poucos livros de qualidade que se utilizaram de metodologias e emprego confiável de dados foram editados por aqui. Alguns ligados a professores e pesquisadores das duas universidades regionais ou mesmo por autores independentes são excelentes fontes de pesquisa e estudo. Mas infelizmente a maioria acaba pecando no emprego da clareza e do detalhamento do que querem transmitir. Pode ser um incentivo à leitura que talvez esteja faltando por aqui.

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