quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Eutanásia, uma cultura de morte

A eutanásia e o suicídio assistido são práticas absurdas, como qualquer outra que tenha como consequência a morte de uma pessoa. Devido a negligencia de médicos essa pratica pode até ser relativamente comum em nosso meio, mesmo que a eutanásia seja crime no Brasil. Delicado e complicado podem duas palavras que definem bem o tema, porém é inaceitável o seu uso.

Embora países europeus e norte-americanos permitam essa prática, não podemos aceitar a simples transposição dessas leis no Brasil. Mesmo que a atual constituição permitisse tal medida, estamos longe de termos uma democracia estável. Países latinos que permitem algum grau de eutanásia enfrentam as consequência que teríamos também por aqui.

Mais do que elementos religiosos, éticos e políticos, com a eutanásia liberada em países sem uma democracia consolidada, corre-se o risco de implementação de tratamentos fúteis em prol do poder econômico. No brasil, podemos discutir o tema em outras gerações, porém até o momento a sociedade, de maneira geral, não se encontra madura para tratar dessa medida.

Além disso, aceitar a eutanásia é abrir mão do direito primário de todos os seres humanos, que é justamente o direito à vida. Mesmo que a palavra eutanásia venha do grego e poder ser definida como boa morte, é inaceitável que qualquer ser humano possa interromper a vida de outro. A sociedade precisa encarar a vida como um bem que não pode ser disposto nem por decisão do próprio indivíduo.

A partir da medicina a aprendemos que é preciso levar a vida biológica, custe o que custar, até o limite. Tanto é que os médicos ao receberem o diploma para o exercício da profissão fazem o juramento de Hipócrates e se comprometem a jamais atestar nenhuma forma de homicídio.

O direito à vida confunde-se com a dignidade da pessoa humana. É legitimo morrer dignamente. O que não é legítimo é antecipar. A ortotanásia consiste em tratar os sintomas de uma doença – ainda que ela seja terminal – para melhorar a qualidade de vida. A ideia é deixar morrer da maneira mais confortável possível. “Nunca é lícito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse (…) nem é lícito sequer quando o doente já não estivesse em condições de sobreviver” (Agostinho in Epístola).

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