A política necessita de mais espaço nas escolas tanto do ensino básico, quanto nas instituições de ensino superior. Precisamos compreender melhor os efeitos da política em nossa vida. Afirmar que política é algo chato significa dizer que vivemos alienados. Todos os processos e transformações passam pela política, sendo ou não partidária. Essas disciplinas precisam ser frequentes nos currículos por meio de ementas reais e com professores preparados com o foco na política. Com professores preparados se evita contaminar esses conteúdos com temas político-partidários.
Tramita no Congresso Nacional proposta de lei que que cria duas disciplinas de orientação ética e política nos currículos escolares. A ideia é implantar a disciplina de Cidadania Moral e Ética no ensino fundamental e a de Ética Social e Política no ensino médio. Ao mesmo tempo precisamos compreender melhor desde a idade escolar quais a consequência que a nação e o próprio cidadão são acometidos por erros de escolha de eleitores.
Assim podemos melhorar o aproveitamento do nosso espaço social e político sem entrar em exemplos já superados. Em 1969, durante a ditadura militar, foram criadas as disciplinas de Educação Moral e Cívica e de Organização Social e Política Brasileira, que perduraram até os anos 1990. Mesmo que nesses espaços a intenção era apresentar a estrutura social brasileira de uma forma mais simplificada ao estudante, foram incorporados nesses estudos princípio ideológico.
Sociologia, filosofia e antropologia são disciplinas que atualmente não contemplam essas temas com afinco. As novas propostas podem sim melhorar a relação das pessoas com a política. Infelizmente, mais uma vez a escola precisa auxiliar no melhoramento da política, mas acima de tudo com temas voltados a ética e a moral, que cada um deveria aprender nos ambientes familiares.
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