quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Dilemas envolvendo liberdade e segurança

São crescentes os dilemas do mundo atual. Indiferente de vivermos na modernidade ou na pós-modernidade, são muitos os questionamentos. São crescentes em relação ao que foi construído no século passado. As relações entre pais e filhos e mesmo com amigos estão em completa ebulição. 

Os comportamentos, as expectativas e as metas das pessoas mudou completamente em 100 anos. As mudanças ocorrem em uma velocidade cada vez maior. Porém dilemas antigos permanecem: mesmo com o aparato tecnológico, a civilização está à procura de segurança ou liberdade? Existe equilíbrio entre segurança e liberdade? A filosofia, sociologia, antropologia, comunicação e mesmo a educação tentam achar uma resposta para essa dicotomia.

A relação entre liberdade e segurança é um pêndulo na história da civilização. Porém, no momento atual tudo indica que estamos abrindo mão das liberdades pessoais em prol de maior segurança. Filhos moram cada vez mais tempo com os pais, jovens se casam mais tarde e adolescentes ampliaram drasticamente o número de parceiros. Tudo pode parecer que vivemos um período de maior liberdade. Porém, isso mostra que estamos angariando mais segurança. Nesse caso segurança amorosa estabilidade familiar.

Os ocidentais querem cada vez mais do Estado social poderes mais fortes e mais de estabilidade. Zygmunt Bauman, filósofo polonês e radicado na Inglaterra, diz que “A ordem é a segurança, o progresso pressupõe as coisas se mexendo”. Quanto mais o Estado ou indivíduos tutelam, menor será sua liberdade. Países restringem com frequência cada vez maior a entrada de pessoas. Crescem muros para barrar entradas de imigrantes. O mundo não tem sido um lugar tranquilo. A constatação disso amedronta e afugenta. Crescem e se eletrificam cercas ao redor das casas, praças são abandonadas, a rua deixa de ser palco e passa a ser lugar de rápidas passagens.

Ao desejar e reivindicar a liberdade, cada um de nós se posiciona em lugar de absoluta vulnerabilidade. Porém, nunca se encontrará uma solução perfeita do dilema entre segurança e liberdade. Sempre haverá muito de uma e muito pouco de outra. De minha parte, desde cedo, optei por lutar em nome da liberdade. Acredito em um mundo cosmopolita e multicultural é possível.

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