O maior ambientalista gaúcho morreu em 2002, aos 75 anos, mas até hoje os seus textos e ditos permanecem atuais. Mais do que o legado de José Lutzenberger em defesa da natureza continuar atual, ele antecipou diversos conceitos de sustentabilidade. Já em sua época, Lutzenberger defendia que a Terra precisava ser vista como um sistema integrado. Ele critica a cultura de medir o crescimento de um país pelo PIB. Ele atentou para o uso de agrotóxicos, do desmatamento na Amazônia, dos transgênicos, das reservas de água, do excesso de carros nas ruas e o uso da energia nuclear.
Engenheiro-agrônomo, com pós-graduação em Química, atuou como escritor, filósofo, paisagista, ecologista e ambientalista. Lutzenberger recebeu mais de 40 prêmios, distinções, homenagens e títulos de professor honoris causa de universidades. Recebeu o Prêmio Nobel Alternativo, a Ordem do Ponche Verde, a Ordem de Rio Branco e a Ordem do Mérito da República Italiana.
Auxiliou na criação da Agapan e de 1990 a 1992, comandou no governo federal a pasta de Meio Ambiente. Concebeu o Parque da Guarita, em Torres e criou a Fundação Gaia que fica em Pântano Grande. Na literatura escreveu entre outros o “Manifesto Ecológico” e “Gaia – o Planeta Vivo”. Lutzenberger dá nome ao prêmio de Jornalismo Ambiental promovido por Associação Riograndense de Imprensa e a Reserva Biológica do Lami em Porto Alegre.
José Lutzenberger teve uma atuação política a partir de uma visão ecológica. Ele sempre defendeu uma visão integra com a natureza e sempre racional. Já em seu tempo foi alertava para os problemas ambientais que se agravaram em nosso tempo. Porém, é preciso avançar em muito para diminuirmos de fato as consequências dos impactos da ação humana na natureza. É preciso elevar os programas ecológicos para a condição de políticas públicas de Estado. Somos uma democracia, mas ainda não temos tradição de Estado, da sociedade que respeitar as leis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário