sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Associação Riograndense de Imprensa

Associação Riograndense de Imprensa é a representação dos jornalistas mais antiga entre os estados brasileiros. Fundada em 19 de dezembro de 1935 e na primeira ata assinaram 114 pessoas, entre elas o ex-diretor do Correio do Povo, Breno Caldas. A ARI teve como seu primeiro presidente o escritor Erico Verissimo, que na época era o diretor de redação da prestigiada Revista do Globo. Em seu discurso de posse afirmou que a entidade foi criada para congregar os trabalhadores da imprensa para que essa alcance vantagens reais.

Verissimo assumiu a gestão da entidade em um momento complexo no país e exterior. Na época a entidade tinha como bandeira obter a libertação dos jornalistas associados presos a partir da Intentona Comunista. Durante a ditadura militar a ARI também promoveu ações semelhantes. Outro objetivo na época de fundação eram as negociações em prol da importação de papel de jornal. Mas desde o início, a associação defende mais do que os interesses da categoria. A ARI sempre defendeu a liberdade de expressão, a livre manifestação da sociedade e do Estado de direito.

Em 1940, a ARI passou a estar presente nos pensamentos da imprensa brasileira. A partir daquele ano a entidade passou a participar do Congresso Nacional de Jornalistas. No dia 15 de setembro de 1944, a associação passou a ocupar a atual sede própria na Avenida Borges de Medeiros. Enquanto que a pedra fundamental da Casa do Jornalista foi lançada no dia 13 de dezembro de 1942, com a presença do governador Cordeiro de Farias que colocou a primeira pá de argamassa. Em 1958, lançou o Prêmio ARI de Jornalismo, uma das mais tradicionais condecorações jornalísticas do Estado.

Se apreende em Jornalismo que o preço da liberdade é a eterna vigilância. Por isso, o medo da censura. Mas mais do que estar em vigilância ao longo de sua história, a entidade colaborou com outros segmentos da sociedade. A ARI participa de conselhos estaduais, promove seminários e eventos. Por isso, a ARI reúne, até os dias atuais, tanto empresários quanto empregados. Mais do que soluções para jornalistas, a entidade também buscou soluções para empresas de comunicação.  Outra virtude da ARI foi manter o diálogo com os mais diferentes governo.

Ao defender a liberdade de imprensa e de expressão, a associação valoriza os direitos humanos e o respeito ao direito. Mais do que isso, a ARI pode ser definida também como autônoma, laica e apartidária. Só há imprensa livre onde houver democracia. Além disso, já disse Érico Veríssimo: “As palavras bonitas o vento as leva, as bandeiras o tempo desbota ou destrói, os partidos políticos passam porque morrem, fundem ou se renovam, mas nós ficamos”.

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