segunda-feira, 21 de março de 2016

Instituição escola ameaçada

A escola, como instituição ocidental moderna, perde poder no mundo líquido. O termo cunhado pelo sociólogo Zygmunt Bauman explica a sua própria maneira pós-moderna o fracasso das grandes ideologias. Mesmo nesse mundo interligado e conturbado credito grande poder as instituições, mas é também imprescindível que ocorra uma renovação na forma de associar e transmitir o conhecimento. Ficar centrado no modelo industrial do século XVIII - com carteiras enfileiradas e apenas uma voz dominante - é passado. Apesar dos docentes concordarem com essa medida, poucos pensam em estratégias para conseguir a atenção do aluno.

Imaginar que essa ação será conseguida por meio da repressão é tempo de outrora. Na escola moderna ou em períodos ditatórias reprender os jovens era possível, mas não eficiente. Quando a dita autoridade se afastava da vigilância do grupo atrocidades era a consequência. Apenas na negociação, na exposição da realidade é que a expressão “vigiar e punir”, de Michel Foucault, deixará de ser a tônica da relação.

Imaginar que estudante interage com todo o seu potencial em aulas em que se mistura slides ou vídeos é pouco provável. Isso tudo os meios de comunicação e a internet fazem de forma magistral. É preciso professores com empatia, mas acima de tudo que não transmitam o conhecimento como forma de vencer o conteúdo. É preciso um professor que tenha a opinião. Que saiba moderar debates na turma envolvendo a realidade local e o regional. Alunos querem um profissional democrático e que saiba projetar as consequências dessas medidas no dia a dia.

Existe um verdadeiro perigo a vista sobre a nova função da escola. Muitas disciplinas – por meio dos diversos legislativos - são incorporadas no currículo. Interferências legais na pedagogia são uma realidade, porém nada disso, pode ser usado como pretexto para deixar os aprendizes sem as explicações para o mundo. É provável que o aluno esteja exposto a mais informação em apenas um dia sobre uma ação especifica do que o professor na mesma situação na naquela idade.

Aqui não é uma crítica ao profissional professor, mas a lenta resposta dos governos para melhorar a didática das aulas a partir da reformulação dos currículos das universidades. É uma crítica a maioria das instituições de ensino superior que não usam da premissa que inserir conteúdo local na formação dos futuros docentes. Uma crítica aos estados ditos democráticos de direito que enfraquecem a educação, aumentam a burocracia, para aumentarem seu controle sobre cidadão, como destaca Karl Weber (1864-1920).

Um profissional que tem potencial para voltar a ser uma marca no cotidiano dos estudantes precisa receber mais atenção em todos os momentos da concepção universitária, da atuação e formação continuada. Assim o novo modelo educacional, curricular e pedagógica é a reafirmação da necessidade da emancipação cidadã que envolva todos os atores envolvidos para finalmente alcançar a grande meta da pátria educadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário