segunda-feira, 21 de março de 2016

O controle social em uma distópia

O filme O Doador de Memórias trata de uma comunidade futura isolada das demais, em que seus governantes erradicaram a violência, as diferenças sociais e as doenças para conseguirem superar a dor e o sofrimento. Se abdicou de recordações, costumes, cores ou mesmo as da ação do tempo - do sol forte, de neve ou de fortes ventanias. A película apesar de ser um percursor do gênero Young Adult, aborda momentos importantes que são reflexivos mesmo para os dias atuais.

A sociedade foi estruturada ainda em novo núcleo familiar. Nessa narrativa, que se passa em um futuro distópico, os bebês são separados de seus pais biológicos e criado por pais adotivos. Além disso, a questão de gênero deixou de ter importância. Na “sociedade perfeita” cidadãos vivem dia após dia em harmonia, ordenados e privados de sentimentos. Ninguém possui motivação para escolhas ou mesmo questionamentos e todos são encarregados de uma função específica.

A revolta ao sistema começa na descoberta da diferença entre sentimentos e emoções. A narrativa provoca nossa consciência social ao tentar ensina que pessoas são impossíveis de controlar. A narrativa indica que é necessário aceitar as diferenças. Assim voltamos aos conceitos de moral e ética, combater de forma consciente o individualismo permite uma convivência orgânica salutar, mas não a partir da imposição do controle. Ainda fica evidente que o domínio sobre o acesso ao conhecimento – desde livros ou mesmo ferramentas para conhecer a história – são indicações de uma população controlada.

Por fim, o filme “O Doador de Memórias” foi adaptação do best-seller “O Doador” de Lois Lowry. O impresso foi lançado em 1993. Já o filme, nos Estados Unidos, foi em 2014 sob o nome de The Giver. O livo passou a ser obrigatória em escolas norte-americanas por seguir uma narrativa mais filosófica por contribuir com a compreensão social.

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