Pesquisas indicam que não existe uma quantidade ideal de consumo diário do chimarrão. Ele deve ser consumido com cuidado e a temperatura da água deve ser observada com rigor para evitar lesões na boca e na garganta.
A bebida mais consumida pelos gaúchos não representa risco para câncer se ingerido a 65ºC. A medida é resultado de estudo divulgado pela Agência Internacional para a Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês). O resultado foi apresentado em 15 de junho pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade alerta que bebidas muito quentes podem ser a causa de câncer de esôfago.
A avaliação sobre o potencial cancerígeno do consumo de café, mate e bebidas muito quentes foi publicada na revista científica The Lancet Oncology. Mas a causa não seria a bebida em si, mas a alta temperatura. A entidade fez questão de explicar que, até certa temperatura, chimarrão, café e chá não têm efeito cancerígeno. O estudo foi realizado por um comitê de 23 especialistas.
Mas o certo é que a ciência está avançando aos poucos nas pesquisas que analisam os efeitos do chimarrão no organismo humano. Por conta disso, os resultados ainda são contraditórios. Isso porque, em 2015 a própria Organização Mundial da Saúde informou que a combinação da erva-mate com altas temperaturas aumenta os riscos de câncer de esôfago, estômago e boca.
Em 2000 pesquisa feita pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Câncer de Esôfago do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foi ao interior. Foram observadas as temperaturas da água para chimarrão em 107 residências de Taquari. Na média, os pesquisados tomavam a infusão em 63,4ºC. Deferente da pesquisa mais recente da Organização Mundial da Saúde, na época ela foi classificava como perigosa para o desenvolvimento de câncer de esôfago. Na época, o resultado da pesquisa foi baseado em estudos parecidos feitos no Irã, Paraguai e Japão. Por esses estudos o risco de câncer existe quando a ingestão é acima dos 60ºC.
Para saber se o chimarrão está na temperatura adequada para a saúde é necessário incluir o termômetro nos acessórios para o consumo da bebida. Cuia, bomba, térmica e termômetro. A ação é defendida pelo Instituto Escola do Chimarrão, entidade que tem sede em Venâncio Aires.
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