quarta-feira, 27 de julho de 2016

Mafra e homem que morreu com a cuia na mão

A cultura da erva-mate foi fundamental para a formação do município de Mafra, em Santa Catarina. A cidade tem sua história unida à de Rio Negro, no Paraná, pois antes da mudança dos limites entre os dois estados, essas cidades eram um único município. Mas a história desses municípios ainda permanece muito próxima. Para expressar que essa vizinhança de fato é muito próxima surgiu a expressão riomafrense.

O termo é também empregado para se referir a um homem que teria morrido de forma súbita em 1915 enquanto tomava um chimarrão em uma roda de amigos. De acordo com o professor e historiador Fábio Reimão de Mello, esse senhor riomafrense literalmente “morreu com a cuia na mão”. A expressão ganhou o país e se refere a quem demora para tomar a infusão.

Mafra foi instalado em 1917 e possuía 16 casas comerciais, mas 20 fábricas de barricas de madeira que eram usadas para guarda a erva-mate. Em 1935, 41 produtores dos municípios de Mafra, Papanduva e Itaiópolis se uniram para formar o “Consórcio Profissional dos Produtores de Mate”, que gerou a fundação da “Cooperativa de Erva Mate Mafra” em 12 de junho de 1937.

Segundo o IBGE (2014) atualmente extração vegetal focada na erva-mate não é mais tão significativa quanto na criação do município. Em 2014 foram produzidas 400 toneladas de erva-mate cancheada, que rendeu R$ 340 mil.

O município ainda esteve envolvido de forma direta na chamada Guerra do Contestado, que foi um conflito armado travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região que era rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados do Paraná e de Santa Catarina. O conflito foi por áreas territoriais de ambos os estados que buscavam ampliar seus limites.







Fonte:
http://www.guiariomafra.com.br/a-erva-mate-a-historia-de-quem-nao-morreu-com-a-cuia-na-mao
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=421010&idtema=150&search=santa-catarina|mafra|extracao-vegetal-e-silvicultura-2014

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