sábado, 30 de abril de 2016

Chimarrão do Estrivo

Mate do estrivo bendito,
Amargo que a gente chupa,
Já de poncho na garupa
Para a tropeada do mundo,
Algum mistério profundo
Te revirou do avesso,
Porque és doce no começo
E tão amargo no fundo!

Quantas vezes te chupei
Junto ao cavalo encilhado,
Tendo a china no costado
Tristonha na despedida,
Sem pensar - velha bebida! -
Que ao te golpear sem rebuços,
Ia bebendo os soluços
Daquela prenda querida!

Velho mate carinhoso,
Encilhado de erva mansa,
Quando uma china te alcança,
Olhando quieta pra gente,
Deve pensar, certamente,
Que depois de um beijo longo,
O adeus é como o porongo
Que fica frio de repente!

Mil vezes te amanunciei,
No pingo meio oitavado,
Entre um pedido, um recado,
De uma mana ou de uma prenda...
Pois sempre alguém recomenda
Quando a gente é meio novo
Que não se meta em retovo
Junto aos gaudérios da venda!

E depois quando apartei-me
Do Pago, campeando a sorte,
Eu te chupei, mate forte,
Bem junto do parapeito,
E fui saindo, sem jeito,
Dando rédeas ao gateado,
Mas te guardarei bem cevado
No porongo de meu peito!

Decerto é por isso mesmo
Que quando evoco a Querência
Eu te sinto, com violência,
Nas veias em atropelo,
E até me ouriça o cabelo.
Pois do meu ser primitivo,
Aquele mate do estrivo
Foi o último sinuelo!

E ao bom Deus que é rio-grandense
Sempre peço, enquanto vivo,
Um chimarrão para o estrivo
Quando chegar o meu fim.
E se Ele quiser assim,
Vá destacando uma china
Que lá na Estância Divina
Prepare o mate pra mim!


Composição: Jayme Caetano Braun ·

domingo, 24 de abril de 2016

O ajuste fiscal


O quadro atual é de uma economia em recessão. Desemprego em alta, consumo em queda, desindustrialização, crescente na inadimplência e nos juros, dividas públicas crescendo e queda na arrecadação. A conta não fecha. Governo federal precisa acabar os supérfluos, promover uma reforma na previdência social e reduzir a taxa de juros, nesse caso principalmente os bancários.

Afinal de contas, quando se olha ao orçamento que o governo federal apresenta a todos os anos algumas situações ficam bastante claras. O governo federal praticamente reproduz ano após ano, indiferente do governos, os orçamentos de anos anteriores. Afinal de contas, mais de 90% dos recursos são intocáveis. É dinheiro que vai para a previdência social, funcionalismo e vinculações orçamentarias.

Uma das questões mais preocupantes nesse processo todo é sobre o pagamento da dívida pública. A dívida com isso pode se tornar impagável. A partir disso, dois cenários são possíveis. O primeiro é deixar de pagar a dívida e na segunda hipótese continuar pagando, mas em moeda que desvaloriza. Com isso, a inflação descontrolada volta. Sem resolver o problema fiscal, o investimento cairá.
 
 

Educação democrática e revolucionária

O contexto atual da educação é direcionada para se chegar a uma escola que proporcione ensino de qualidade, respeitando a heterogeneidade e a individualidade da comunidade escolar. A educação democrática passa pela autogestão, afinal de contas a escola não precisa de chefe. Gestores e professores precisam promover a integração.

A ideia colaborativa precisa prevalecer sempre, já que é preciso prazer na transmissão e recepção do conhecimento. Não pode haver hierarquia no conhecimento. Se acredita que o conhecimento traz alegria, prazer, e por isso as pessoas se envolvem com ele e assim as punições passam a ser desnecessárias.

Também permanece viva a velha fórmula que prega a necessidade constante da comunidade local estar envolvida com a escola. A ideia de que os moradores e país precisam estar e usar a escola continua valendo e é fundamental necessidade. Pelo direito constitucional a escola é uma instituição educacional em que os cidadãos constante precisam ter acesso para que se apropriem da cultura.

Porém, a qualidade é hoje uma exceção no Brasil, não apenas em escolas, mas também em hospitais e governos das diferentes esferas. As escolas de qualidade estão escassas, enquanto que as instituições de ensino públicas estão em fase de extinção.

Mas, o aluno querendo, independe das condições, o aluno pode fazer muito mais do que foi feito até agora. É uma questão de vontade. A conquista profissional ou da cidadania é algo de depende de cada pessoa e quem a busca pode fazer a diferença.

A partir disso tudo, o professor pode se vingar da maior parte da corja que nos governa – indiferente da esfera – a partir de uma única ação: proporcionar uma aula de qualidade. Uma boa e diferente aula para formar um pensamento crítico é garantir que a maioria dos políticos que hoje não nos representam nunca mais voltem a estar à frente do país. A maior vingança de um professor é ser um excelente profissional. Assim se destrói o que estava acabando com o Brasil. Educação é o caminho, pois educar é um ato revolucionário.




sábado, 23 de abril de 2016

Posse e porte de arma de fogo

O assunto arma de fogo envolve muitas polêmicas. Neste caso se pretende ir além das concepções que determinam o chamado porte ou posse de arma. Mas, sim é sobre defender a comercialização das armas. Garantir esse direito ao cidadão é avalizar que essa ação é uma decisão pessoal e não do governo. A compra de uma arma é uma decisão íntimo, e não uma decisão do governo. Os riscos de possuir uma arma precisam ser estimados pelo cidadão como um direito constitucional. O estado não tem o direito de dizer o que é mais ou menos perigoso para mim.

O Estatuto do Desarmamento só serviu para desarmar os cidadãos de bem. A legislação mais restritiva entrou em vigor em 2003 sem trazer benefícios reais a segurança pública ou para a segurança dos cidadãos.  O porte de armas deve ser visto como um atestado de idoneidade e não como uma licença para matar.

Estudos assinalam que as regiões do país com o menor número de armas legalizadas são as áreas mais violentas. Em países como Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Suíça e Finlândia existe uma grande quantidade de armas em circulação e nem por isso é mais violenta que a brasileira. Pelo contrário têm índices de criminalidade muito menores que os brasileiros.

Países como a Colômbia, o México, a África do Sul e o Brasil apresentam números de violência interna que são muitas vezes superiores a conflitos armados. Em guerras como a do Vietnã, que durou cerca de duas décadas, o número de mortes foi 25% inferior apresentada no Brasil ao longo dos últimos 20 anos. Isso significa um milhão de vítimas.

Proibir a venda de armas a cidadãos honestos para diminuir a violência com armas de fogo é a mesma coisa que proibir a venda de carros para diminuir a brutalidade no trânsito. Restringir as armas de fogos é garantir que criminosos fiquem mais seguros para não encontrarem nenhum tipo de resistência em sua vítima.

Não é uma lei que impede alguém a fazer atrocidades. Quem mata por motivos banais não é o cidadão que passa por uma maratona burocrática para adquirir uma arma legalizada, mas o criminoso que compra armas no mercado negro.

É preciso investir mais na modernização e eficiência de nossas polícias. A violência não é a causa, e sim o efeito. A violência é um reflexo da realidade brasileira: pobreza, exclusão, impunidade e corrupção. A violência é resultado de fatores econômicos e a arma na mão de um cidadão consciente é apenas a sua defesa.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A capital nacional e internacional da erva-mate

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Um dos melhores ervais da Argentina e que alcançou popularidade internacional ficam em Misiones. Nessa região do país se localiza a cidade conhecida como “Capital Nacional e Internacional da Erva-mate”.  O título nacional foi dado na década de 1980 e o internacional foi incorporado de forma mais recente. Em 1981, a subsecretaria de Turismo declarou por meio de resolução número cinco apontando Apóstoles como “Capital Nacional de la Yerba Mate”. Apóstoles é uma cidade que fica no departamento homônimo na província de Misiones.

No município é realizado anualmente a “Fiesta Nacional e Internacional de la Yerba Mate”. No evento são desenvolvidas jornadas tecnológicas do setor, festival artístico, exposição comercial e outras atividades promocionais e de diversão. A festa é celebrada todos os anos desde 1944. A primeira edição foi realizada na cidade de Posadas. Apenas em julho de 1961, por meio de lei, foi oficializada a cidade de Apóstoles como sede permanente desses festejos. Em 1979 foi inaugurado no parque de realização da festa o prédio conhecido como Expo-yerba.

Além da possibilidade de provar todos os tipos de mate — tem amargo, doce, com leite e até mate de chá, chamado de mate de té —, o visitante pode apreciar músicos folclóricos locais. Dentre as atrações também estão a entrega do prêmio da Ordem do Mate e a missa crioula.

Nos primeiros dias do evento ocorre um desfile de carroças com as candidatas a Rainha da Erva-mate. Elas passeiam pelas principais ruas e mostram seu charme a fim de ganhar a confiança do júri para a eleição. O encerramento da festa é mercado pela eleição da Rainha da Erva-mate e pelo almoço ervateiro, que conta sempre com a participação de organizadores e autoridades do município, da província e da nação.

O evento deixou de ser realizado por alguns anos em função de dificuldades econômicas do setor ervateiro. A partir dos anos 2000, o evento foi reinventado e ganhou força a ideia da chamada “Capital Internacional da Erva-mate”. Outra iniciativa importante foi a criação da Feri-yerba, tida como Feria de Ciências Estudantil sobre temas relacionados a erva-mate. Presidentes da nação também já visitaram o evento, como Raúl Alfonsín e Carlos Menem.

Outros atrativos turísticos da região compreendem o Monumento aos Primeiros Colonos e o Monumento do Mate. Ainda tem o museu que fica na região de Misiones e foi criado pela ervateria Amanda em 1997. O local é intitulado de museu histórico Juan Szychowski e procurar preservar aspectos históricos e ecológicos da região de produção da erva-mate. Hoje, considerado ponto turístico da cidade, serve como uma viagem no tempo das carroças e das grandes máquinas.

Apóstoles foi fundada como assentamento jesuíta em 1638. O local era dominado de forma tradicional pelos guaranis. Durante a dominação espanhola começa a produção e utilização da erva-mate em maior escala. Com a imigrações europeias no século 19 foi dado novo impulso nas colônias para a produção da infusão. A partir do crescimento econômico de Apóstoles e de outras comunidades, Misiones passou a território nacional e em 1953 passou para província.

domingo, 17 de abril de 2016

Paraguay: Capital de la Yerba Mate

Fonte: http://www.encarnacion.com.py/2012/12/18/bella-vista-itapua/
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Desde 1991 cidade de Bella Vista, no departamento de Itapúa, sustenta o título de Capital Nacional da Erva-mate. Bella Vista foi fundada em 12 de outubro de 1918 e foi elevada distrito por decreto lei número 207, em quatro de setembro de 1959. A cidade é sede de um dos 30 distritos do departamento. Bella Vista é tida como uma das localidades mais ativas do sul de Itapúa.

Na economia, o distrito possui na atividade agrícola seu maior rendimento. Além da pecuária, o destaque maior fica para a erva-mate. Em Bella Vista funcionam cinco grandes indústrias ervateiras que são tidas como exemplares no processo dentro da cadeia produtiva da erva-mate.

A medida faz com que diferentes indústrias e empresas que não são diretamente  ligados ao setor passassem a obter vantajosos lucros, como de metalúrgicos, madeireiros, viveiristas, distribuidores, gráficas entre outros muito setores ligados ao processo de cultivo, processamento e venda da erva-mate.

Além disso, a cidade tem ainda o Bella Vista Museu Histórico que foi inaugurado em 12 de outubro de 1993, coincidindo com o 75º aniversário da fundação da cidade. O museu  ocupa antigo edifício municipal construído em 1964 e no local estão peças que recordam os colonizadores, com destaque para elementos de trabalho, panelas e móveis da época. Ainda na área do turismo, Bella Vista tem ainda uma ervateira que é possível percorrer plantações de erva-mate orgânica e visitas a planta industrial. Em outra é possível ainda conhecer o processo como um todo da erva-mate.

Bella Vista fica a 48 quilômetros da capital de Itapúa e de 410 da capital federal, Assunção. A cidade é de origem alemã e foi fundada em 1918. As famílias estavam no Brasil e foram aquela região via rio Paraná. O distrito conta com zonas de pesca e lugares especialmente preparados para a promoção de campings. O distrito também celebra a festa pesqueira tida como a maior do país.


http://www.bellavista.gov.py/home/index.php?option=com_k2&view=item&id=59:capital-de-la-yerba-mate&Itemid=1
http://www.portalguarani.com/1565_javier_yubi/23218_museo_historico_de_bella_vista__museos_del_paraguay_48__por_javier_yubi.html
http://alparaguay.blogspot.com.br/p/guia-turistica-del-paraguay.html

Paraguay: Día de la Yerba Mate

Por decreto lei número 18.528 de 25 de setembro de 1997, o dia 11 de outubro foi declarado como sendo o Dia da Erva-mate. Essa data é celebrada de forma diferente país a fora pela cadeia produtiva da erva-mate. As principais ações são coordenadas pelo Centro Ervateiro Paraguaio. Além de atividades festivas, são comuns nesta época ocorrerem seminários e encontros do setor.

A medida foi posta pelo poder Executivo pelo valor histórico e significativo que a erva-mate rem para os paraguaios. O pedido havia sido realizado em conjunto pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, pelo município de Bella Vista, departamento de Itapúa e Centro Ervateiro do Paraguai.

No Paraguai a erva-mate é usada especialmente para o terê, mas também para outras infusões e mesmo na gastronomia. O país, a exemplo dos demais sul-americanos, também investe em novas formas de posicionar a erva-mate, tanto no mercado interno quando externo. Isso possibilita diminuir as crises rurais para favorecer a instalação de novas plantas processadoras e garantir novas fontes de trabalho.

Em 2015 a produção anual de erva-mate foi de cerca de 50 mil toneladas, dos quais mais de 20 mil toneladas foram provenientes de cooperativas que reúnem pequenos produtores. Além disso, se estima que hoje a área plantada chegue a 20 mil hectares, que 2008 foi de 18 mil hectares, mas que em 1991 era estimada em 26 mil hectares.

Segundo o Centro Ervateiro Paraguaio os principais mercados consumidores internacionais são Espanha, Bolívia, Turquia, Alemanha, Chie, Polônia, Líbano, Israel e Estados Unidos. Ainda são pleiteados mercados no Japão. As exportações em 2015 ficaram em mil 145 toneladas, enquanto que no ano anterior foi de 985 toneladas. Em 2015 a venda presentou um ingresso de três milhões de dólares no Paraguai.

Fontes:
WHIGHAM, Thomas. La yerba mate del Paraguay (1780-1870). Centro Paraguayo de Estudios Sociológicos. Serie: Historia Social. Asunción-Paraguay 1991.
http://www.ultimahora.com/dia-la-yerba-mate-n837599.html
http://www.hoy.com.py/nacionales/paraguay-celebra-hoy-el-dia-nacional-de-la-yerba-mate 

Centro Yerbatero Paraguayo

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O Centro Ervateiro Paraguaio é uma associação formada por produtores, indústria e empresas exportadoras de erva-mate. A entidade foi criada em 1952, sem fins lucrativos e tem como objetivo estimular o bem esta e o desenvolvimento da cadeia produtiva da erva-mate em todo o território Paraguaio. Todos os setores recebem capacitações fomentadas pelo departamento técnico.

Em seis de junho de 2014 foi inaugurado o Lavatório “Reginaldo Brönstrup” de análises da erva-mate e ervas medicinais.  O laboratório tem a finalidade de articular ações conjuntas com os produtores e industriários do setor para garantir a qualidade e segurança dos produtos. O laboratório foi idealizado e financiado pela União Europeia, com o apoio do Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai. As pesquisas e análises são realizadas por meio das normas paraguaias vigentes.

Hoje existe parceria entre o Centro Ervateiro Paraguaio com o Instituto Nacional de Tecnologia e Nacionalização para cooperação interinstitucional e de projetos para fortalecimento de produtos à base de erva-mate paraguaio por meio do desenvolvimento de capacidades inovadoras e de gestão em segurança baseada no manejo associado ao laboratório tido como referência internacional.

Uma das questões em desenvolvimento no Paraguai e que leva o apoio do centro ervateiro é o desenvolvimento do plano nacional da erva-mate. A entidade defende que é necessário desenvolver com avidez as indústrias nacionais frente a grande concorrência argentina. Problemas ligados ao câmbio favoreceram essas medidas. Porém, outros setores – como o camponês - afirmam que fortalecer esse segmento seria parte de uma ação para criar um oligopólio industrial. Em sua defesa, o Centro Ervateiro Paraguaio afirma que isso não irá ocorrer, já que cerca de 50% da produção nacional é feita por meio de cooperativas. O plano nacional de erva-mate teve a participação direta do governo do Itapúa e do Ministério da Agricultura e Pecuária do Paraguai.

Tanto o Centro Ervateiro Paraguaio, quanto o Lavatório “Reginaldo Brönstrup” de análises da erva-mate e ervas medicinais estão localizados na cidade de Bella Vista, no departamento de Itapúa.

Saiba mais em
https://www.facebook.com/Centro-Yerbatero-Paraguayo

FONTES:
http://www.lanacion.com.py/2016/02/17/exportaciones-de-yerba-mate-aumentaron-16-en-el-2015/
http://www.ultimahora.com/yerbateros-buscan-mas-mercado-y-habilitaran-moderno-laboratorio-n797634.html
http://www.ultimahora.com/centro-yerbatero-inauguro-su-laboratorio-n801395.html
https://issuu.com/grupoeditorialgd/docs/revista_alimentaria_001_web
http://librosdehistoriaparaguay.blogspot.com.br/2009/10/thomas-whigham-la-yerba-mate-del.html

Mercado comum do mate

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A união da cadeia produtiva sul-americana da erva-mate tem muito a contribuir para o desenvolvimento do mercado internacional. A maior organização do setor desenvolve técnicas de produção mais eficientes Para isso, surgiu o Mercomate. O órgão é formado por representantes do setor ervateiro do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, entre sindicatos, institutos e governos.

Os participantes discutem a organização do segmento a partir do estabelecimento de parcerias e de uma agenda comum. Integram os objetivos do grupo busca se organizar para exportar em conjunto e concorrer no mercado internacional de bebidas naturais. Esses encontros são s encontros do Mercomate são importantes para compreender os problemas das regiões produtoras e adotar mecanismos de fortalecimento de produção.

O órgão que realiza ações em consonância com o Mercosul, a pesar de estar em discussão há décadas, o ato mais formal para concretizar a criação se deu a partir de encontro em oito de julho de 2011, no município de Barão do Cotegipe, no Rio Grande do Sul. Além de formalização da ideia, a primeira reunião oficial do Mercomate ocorreu em Buenos Aires, na Argentina.

Nos encontros, além de termos de comparação, também são abordados temas como o acesso a novas tecnologias de produção e processamento e a possibilidade de lançamento de novos produtos para exportação. Além da ampliação das exportações são discutidos ainda os serviços de assistência técnica, ensino e pesquisa disponíveis nos três países, temas fundamentais para garantir a qualidade da produção.
O Mercomate segue os princípios do Tratado de Assunção, em 1991, que já no primeiro artigo estabeleceu que o Mercosul promove o desenvolvimento econômico com justiça social e considera como condição para a ampliação dos negócios.

O Mercomate é um alargamento do projeto economia ervateira no Mercosul, desenvolvido pelas Secretarias de Agricultura do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e apresentado ao Comitê de Cooperação Técnica do Mercosul (RÜCKER,1996).

Fonte:
RUCKER, N. G. A. Mercomate: Cooperação na competitividade. Curitiba: SEAB/
DERAL, 1996.
SCHIRIGATTI , Elisangela Lobo. Dinâmica das exportações e avaliação da competitividade do setor do mate brasileiro. Curitiba, 2014. Disponível em <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/35908/R%20-%20T%20-%20ELISANGELA%20LOBO%20SCHIRIGATTI.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acessado em 17 de abril de 2016.

sábado, 16 de abril de 2016

Abimate

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A Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Erva-mate (Abimate) com sede em Erechim, no Rio Grande do Sul, reúne representantes da entidade e empresários do setor ervateiro. Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Abimate trabalham na divulgação da erva-mate e seus produtos derivados.

A estratégia de ações compartilhadas entre a Apex-Brasil e a ABIMATE promovem as propriedades físico-químicas da erva-mate, de acordo com a legislação vigente, que estimulam produtos seguros ao consumidor de qualquer mercado (2009). Abimate, segundo a revista Tea & Coffee (2010),  é uma organização que ajuda as empresas locais por meio do apoio logístico, visão de mercado e ferramentas de marketing.


O Projeto Setorial Integrado tem como público-alvo as pequenas, médias e grandes empresas da cadeia produtiva, incluindo fabricantes de máquinas, equipamentos, acessórios e produtos culturais afins, relacionados com o consumo da erva-mate.

O Projeto Setorial Integrado promove e divulga a competitividade das empresas envolvidas na cadeia produtiva da erva-mate no mercado internacional, aumentando a sua capacidade de exportação, com o acréscimo de valor agregado aos seus produtos. Os beneficiários diretos do programa são as indústrias ervateiras estruturadas para a exportação de erva-mate, todas filiadas à Abimate.

O projeto de incremento das exportações de fato só funcionará realmente se as empresas investirem em tecnologia e aumentarem suas ações em nichos, pouco explorados não apenas no país, mas também no mercado internacional.

O Brasil já é o maior exportador mundial de erva-mate. Outros grandes exportadores são Argentina, Alemanha, Paraguai, França e Uruguai. Os principais compradores do produto brasileiro são o Uruguai, Chile, Estados Unidos e Alemanha.

http://www.regiaodosvales.com.br/noticia/noticia.php?id=28148
http://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/convenio-busca-ampliar-projecao-erva-mate-brasileira-mercado-mundial-44537
http://www.edcentaurus.com.br/materias/granja.php?id=1789


Rucker, Neusa de Almeida; Mazuchowski, Jorge Z. SECRETARIA DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DO ESTADO DO PARANÁ: ANÁLISE DA CONJUNTURA AGROPECUÁRIA - SAFRA 2009/2010 - COMÉRCIO EXTERIOR DO MATE. Outubro de 2009. http://www.agricultura.pr.gov.br/arquivos/File/deral/Prognosticos/erva-mate_2009_10.pdf

http://www.teaandcoffee.net/0410/tea.htm
 

Centro Vocacional Tecnológico da Erva-mate

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A implementação dos centros vocacionais tecnológicos (CVTs) tem como objetivo incrementar os sistemas locais e regionais ligados a ciência, inovação e tecnologia. Por meio da integração se visa promover o desenvolvimento econômico e social sustentável. Por isso, parceria entre Instituto Brasileiro da Erva-mate, municípios da região alta do Vale do Taquari e Alto da Serra do Botucaraí e Universidade de Passo Fundo estruturam a criação de Centro Vocacional Tecnológico da Erva-mate.

A proposta para implementar esse espaço cientifico-tecnológico, educacional e de capacitação profissional no Rio Grande do Sul atenderia também todos os demais estados brasileiros que beneficiam da cadeia produtiva da erva-mate. O projeto a ser implementado no município de Ilópolis tramita no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação os centros vocacionais tecnológicos são entidades públicas de caráter comunitário. Parcerias e vínculos institucionais com organizações, seja municipal, estadual ou federal podem ser caracterizadas com  representantes do governo, dos trabalhadores, das empresas e da sociedade civil organizada. “Os CVTs estão direcionados para a capacitação tecnológica da população e articulação de oportunidades concretas de inserção profissional/produtiva do trabalhador de todas as idades, como uma unidade de formação profissional básica, técnica ou tecnológica, de experimentação científica, de investigação da realidade que o cerca e prestação de serviços especializados” (2008).

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (2011), definiu esses centros como uma viabilidade e da eficácia ao sistema de pesquisa científica e de desenvolvimento tecnológico do Brasil. Ainda de acordo com a publicação, esses locais podem ser essenciais para à sobrevivência econômica do país. Pela justificativa para incentivar a criação desses centros, os produtos extrativos, que ganharam relevância no comércio internacional, podem ser aliviados a pressão no setor externo.

A criação do CVT tem apoio da Universidade de Passo Fundo, Instituição que tem tradição em pesquisa no setor de alimentos. A universidade possui é ainda a gestora do Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio (UPFParque). Dentre as áreas prioritárias de atuação do UPFParque se destacam  tecnologia de informação/software, alimentos, metal-mecânica, saúde e agricultura de precisão. O UPFParque promove o fluxo de talentos, o intercâmbio de ideias, a hospedagem e a incubação de negócios.

Fonte:
http://www.mi.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=5ccaa259-e03f-4dfe-8009-6b256496516a&groupId=10157
file:///D:/User/Downloads/centro_vocacional_tecnologico_2ed.pdf
http://www.upf.br/upftec/index.php?option=com_content&view=article&id=61:projeto-de-criacao-de-cvt-da-erva-mate-em-ilopolis-e-entregue-no-mcti&catid=1:noticias&Itemid=8
http://www.upf.br/upfparque/
http://www2.camara.leg.br/documentos-e-pesquisa/edicoes/paginas-individuais-dos-livros/centro-vocacional-e-tecnologico-a-extensao-do-saber-e-a-servico-da-populacao

domingo, 3 de abril de 2016

Os seis polos ervateiros do Rio Grande do Sul

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A cadeia produtiva da erva-mate destaca-se por contribuir ao processo de desenvolvimento por meio das esferas econômica, social e ambiental. No Brasil, os ervais são cultivados em torno de 180 mil propriedades, a maioria em pequenos estabelecimentos agropecuários (de um a 15 hectares), congregando cerca de 600 empresas e mais de 700.000 empregos. Vale ressaltar que grande parte da produção de erva-mate se origina de ervais nativos onde não se aplicam produtos químicos (SILVA e CASSOL, 2003).

A cadeia produtiva da erva-mate no Rio Grande do Sul é composta por fornecedores de insumos, produtores rurais, colhedores (conhecidos ainda como tarefeiros), indústrias processadoras e o comércio. A produção da erva-mate no país está distribuída em uma área de 540 mil km², abrangendo os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro (EMBRAPA, 2010). No caso específico da produção no Rio Grande do Sul, está organizada em seis polos, que são os polos Sul, Planalto Missões, o Alto Uruguai, Nordeste Gaúcho, o Vale do Taquari e o Alto Taquari.

Dessa forma, perfeitamente perceptível a importância dos polos dentro da cadeia produtiva da erva-mate, onde cada um possui sua especificidade, uns com um aumento da produção considerável, outros, com um crescimento mais lento, mas todos com uma influência generosa dentro do sistema de erva-mate brasileiro, vez que, o Rio Grande do Sul é o maior produtor do produto, gerando 60% da produção nacional (EMBRAPA, 2011).

O polo ervateiro Sul é o mais recente e foi criado em 12 de março de 2014. Árvores nativas de Ilex paraguariensis quase escondidas em matas fechadas de áreas rurais da zona sul do Estado podem ser um  reforço no fornecimento da matéria prima para o chimarrão. O sexto polo ervateiro gaúcho reune cerca de 200 agricultores. Mais do que uma alternativa para agregar renda os produtores, a oficialização desse polo com sede em Canguçu pode determinar a retomada da memória que estava se perdendo. Entre as décadas de 1930 e 1940, a região estava entre as principais produtoras de erva-mate do estado.A região perdeu espaço por cultivar um tipo mais forte e amargo. O polo envolve as cidades de Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Camaquã, Canguçu, Cristal, Dom Feliciano, Herval, Morro Redondo, Pedras Altas, Pelotas, Pinheiro Machado, Piratini, Santana da Boa Vista e São Lourenço do Sul. (RS, 2014).

O Polo Ervateiro Planalto Missões é composto atualmente pelos municípios de Novo Barreiro, Palmeira das Missões, São José das Missões, Boa Vista das Missões, São Pedro das Missões, Dois Irmãos das Missões, Erval Seco e Seberi (EMATER, 2013). O polo foi constituído em seis de maio de 2010, onde possui como município sede, a cidade de Palmeira das Missões, que já possui uma vasta história quando se refere a produção da erva-mate. A média de hectares plantados e colhidos de erva-mate no Polo Planalto Missões, nos 20 anos analisados foi de 2.214 e 1.568, respectivamente. No que diz a quantidade produzida, a mesma foi de aproximadamente 21.000 toneladas, com um valor de comercialização ao ano, de cerca de R$ 17.000,00. (Picolotto, Vargas, Rigo e Oliveira, 2013).

O polo ervateiro Alto Uruguai é constituído pelos municípios de Aratiba, Áurea, Campinas do Sul, Erebando, Erechim, Gaurama, Getúlio Vargas, Severiano de Almeida e Viadutos. A média e desvio padrão entre área plantada e colhida, entre 1990 a 2010 foram iguais. A quantidade produzida foi de cerca de 23 mil toneladas e, sua variação durante os anos foi baixa, ademais, o valor de comercialização ao ano foi cerca de R$ 21.000,00 (Picolotto, Vargas, Rigo e Oliveira, 2013).
Polo Ervateiro Nordeste Gaúcho é composto pelas mesmas cidades que integram a Associação dos Municípios do Nordeste Rio-grandense. Os 20 municípios são Água Santa, Barracão, Cacique Doble, Caseiros, Coxilha, Ibiaça, Ibiraiaras, Lagoa Vermelha, Machadinho, Maximiliano de Almeida, Paim Filho, Sananduva, Santo Expedito, Santa Cecília do Sul, São José do Ouro, São João de Urtiga, Tapejara, Tupanci do Sul, Capão Bonito do Sul e Vila Langaro. De 1990 a 2010 a média de produção ficou em 7.897 mil toneladas e que gerou dois milhões de reais (Picolotto, Vargas, Rigo e Oliveira, 2013).

O polo ervateiro Alto Taquari é formado pelos municípios de Anta Gorda, Arvorezinha, Coqueiro Baixo, Doutor Ricardo Fontoura Xavier, Ilópolis, Itapuca, Nova Alvorada, Putinga, Relvado e São José do Herval. A média plantada e colhida em hectares no Polo foi de 11.326 e 6.642, respectivamente. No que se refere a quantidade produzida, foi de 58.238 toneladas, com um valor de comercialização ao ano, de cerca de R$ 25.000,00  (Picolotto, Vargas, Rigo e Oliveira, 2013).

Já os municípios de Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Santa Cruz do Sul, Sério, Sinimbu, Vale do Sol e Venâncio Aires formam o polo ervateiro dos Vales. O espaço geográfico fica entre os Vales do Taquari e Rio Pardo. 

A DINÂMICA DE PRODUÇÃO E DE COMERCIALIZAÇÃO DA ERVA-MATE NOS CINCO POLOS ERVATEIROS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Patricia Picolotto1 Guilherme Moraes Vargas2 Luana Rigo3 Sibele Vasconcelos de Oliveira4 http://coral.ufsm.br/seminarioeconomia/anais/wp-content/uploads/2013/08/2_A-DIN%C3%82MICA-DE-PRODU%C3%87%C3%83O-E-DE-COMERCIALIZA%C3%87%C3%83O-DA-ERVA-MATE-NOS-CINCO-POLOS-ERVATEIROS-DO-ESTADO-DO-RIO-GRANDE-DO-SUL.pdf

SINDIMATE-RS, Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul. Dados Estatísticos – Erva-mate. Disponível em: < http://www.sindimaters.com.br/pagina.php? cont=estatisticas.php&sel=9>. Acesso em: 30 maio 2013.

______. Cultivo da erva-mate. Sistema de Produção. 1 – 2ª edição. ISSN 1678-8281- Versão eletrônica, ago/2010. Disponível em: . Acesso em: 22 jul. 2013. IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo agropecuário, 2006. Disponível em: . Acesso em: 30 maio 2013. 

______. Lavoura permanente 2011 – Comparação entre os municípios: Rio Grande do Sul. Disponível em: . Acesso em: 23 jul. 2013. 

______. SIDRA – Sistema IBGE de Recuperação Automática. Disponível em: . Acesso em:22 jul. 2013. LINHARES, T. História econômica do mate. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969. 

RODIGHERI, H. R.; NETO, L. S.; CICHACZEWSKI, I. F. Custos, produtividade e renda da erva-mate cultivada na região de Guarapuava, PR. Circular Técnica 24. Colombo/PR: Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária/Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária – 
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RURAL, Espaço. A escolha de uma muda de erva-mate é determinante para ganhos de produtividade. ECOREGIONAL. Especial – nº 002. Arvorezinha: 2013. Disponível em:. Acesso em: 10 ago 2013.

 ______. Alta dos preços não reprime o arranquio de ervais. ECOREGIONAL. Especial – nº 002. Arvorezinha: 2013. Disponível em:. Acesso em: 10 ago 2013. 

SEPLAG, Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã. Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul. Disponível em: < http://www.scp.rs.gov.br/atlas/conteudo.asp? cod_menu_filho=819&cod_menu=817&tipo_menu=ECONOMIA&cod_conteudo=1598>. Acesso em: 23 jul. 2013.

zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/campo-e-lavoura/noticia/2014/03/novo-polo-de-erva-mate-pode-ajudar-a-reduzir-o-preco-ao-consumidor-4457983.html+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

A erva-mate de sabor suave de Machadinho

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O município gaúcho foi emancipado em 28 de maio de 1959 e com a população descendentes de italianos, alemães e poloneses deu origem a erva-mate comercial com sabor suave e partir de preços razoáveis. A qualidade dessa planta para o mercado interno de chimarrão é bastante valorizada, o que garantiu a implantação de um exitoso programa de cruzamento da planta em um sistema agroflorestal.

Assim, a Embrapa Florestas e a Associação dos Produtores de Erva-Mate de Machadinho (Apromate) melhorou geneticamente a planta que passou a ser denominada de a Progênie cambona 4. Esse cruzamento virou um “programa de renda e emprego para a agricultura familiar do município e das regiões ervateiras do Estado do Rio Grande do Sul”, como afirma chefe-geral da Embrapa Florestas, Helton Damin da Silva.

A cambona 4 é reconhecida e registrada pelo Ministério da Agricultura como “cultivar de erva-mate” e também a primeira e única progênie bi-clonal da planta do Brasil. O desenvolvimento da cultivar garantiu ao município ser premiado nacionalmente pela preservação e integração do social e ambiental. O setor ervateiro em Machadinho é destaque pelo desenvolvimento de sistemas agroflorestais, já que a erva-mate consorciado com árvores nativas melhora a qualidade da matéria prima.

Hoje a Cambona 4, pelo seu sabor diferenciado, é adquirida para a elaboração de chás, bebidas, infusões e outros produtos. A erva-mate cambona produzida na região é exportada para mais de 11 países. Os primeiros 680 mil quilos de erva cambona foram exportadores em 2013 para o Uruguai. A nova variedade da erva-mate rende até mil arrobas por hectare, enquanto a que a planta tradicional rende até 470 arrobas. Machadinho produz na atualidade, a semente, a muda e a erva-mate, por meio da ervateira Cambona, criada em 1997.

A organização do setor ervateiro local ganhou forma a partir de 1994 quando foi criada a Apromate. A partir dessa organização a erva-mate foi a planta escolhida para ser representada na festa oficial do município. A primeira edição da Festa latino-americana do Mate (Festchêmate) ocorreu em 2001. Ao longo do evento ainda foi agregada a promoção da Feira Municipal Pró Turismo e Comércio (Femuca). Os objetivos dos eventos sempre divulgar as potencialidades locais e ampliar a visibilidade do município e seus indicativos de prosperidade. Números divulgados pelas administração municipal de Machadinho indicam que na edição de 2015, dez mil pessoas estiveram no evento e em torno de três milhões de reais foi a geração em negócios.

Para Melo (2010) o setor ervateiro de Machadinho possui peculiaridades. Uma delas é grande jovialidade que possui com a sua cadeia produtiva estruturada. No caso das indústrias ervateiras, o município possui apenas uma unidade de processamento para o mercado interno e outra para a exportação. O preço da arroba de erva-mate no município está entre os melhores do país. E ganha forma a organização do processo de produção de sementes e mudas para que forma posterior seja possível a emissão do certificado. Ainda cabe ressaltar que a lei municipal nº 566, instituída em 1983, para validar os símbolos oficias do município, foi alterada em 2011 para incorporar a erva-mate – entre outros elementos – como símbolo municipal.

MELO, Ilvandro Barreto de. Mapeamento da cadeia produtiva da erva-mate no município de Machadinho: Desafios e Propostas. São Leopoldo 2010. Disponível em <http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Mono_Ilvandro_Melo.pdf>. Acesso 03 de abril de 2016.
HISTÓRICO – Site Oficial da Prefeitura Municipal de Machadinho. Disponível em <http://www.machadinho.rs.gov.br/pagina/495/historia>. Acesso 03 de abril de 2016.
ZANON, A. Produção de Sementes de Erva Mate. Curitiba, Embrapa CNPF, 1998. 8p. (Embrapa CNPF – Circular Técnica, 16)