O assunto arma de fogo envolve muitas polêmicas. Neste caso
se pretende ir além das concepções que determinam o chamado porte ou posse de
arma. Mas, sim é sobre defender a comercialização das armas. Garantir esse
direito ao cidadão é avalizar que essa ação é uma decisão pessoal e não do
governo. A compra de uma arma é uma decisão íntimo, e não uma decisão do
governo. Os riscos de possuir uma arma precisam ser estimados pelo cidadão como
um direito constitucional. O estado não tem o direito de dizer o que é mais ou
menos perigoso para mim.
O Estatuto do Desarmamento só serviu para desarmar os
cidadãos de bem. A legislação mais restritiva entrou em vigor em 2003 sem
trazer benefícios reais a segurança pública ou para a segurança dos
cidadãos. O porte de armas deve ser
visto como um atestado de idoneidade e não como uma licença para matar.
Estudos assinalam que as regiões do país com o menor número
de armas legalizadas são as áreas mais violentas. Em países como Argentina, Uruguai,
Estados Unidos, Suíça e Finlândia existe uma grande quantidade de armas em circulação
e nem por isso é mais violenta que a brasileira. Pelo contrário têm índices de
criminalidade muito menores que os brasileiros.
Países como a Colômbia, o México, a África do Sul e o Brasil
apresentam números de violência interna que são muitas vezes superiores a
conflitos armados. Em guerras como a do Vietnã, que durou cerca de duas
décadas, o número de mortes foi 25% inferior apresentada no Brasil ao longo dos
últimos 20 anos. Isso significa um milhão de vítimas.
Proibir a venda de armas a cidadãos honestos para diminuir a
violência com armas de fogo é a mesma coisa que proibir a venda de carros para
diminuir a brutalidade no trânsito. Restringir as armas de fogos é garantir que
criminosos fiquem mais seguros para não encontrarem nenhum tipo de resistência em
sua vítima.
Não é uma lei que impede alguém a fazer atrocidades. Quem
mata por motivos banais não é o cidadão que passa por uma maratona burocrática
para adquirir uma arma legalizada, mas o criminoso que compra armas no mercado
negro.
É preciso investir mais na modernização e eficiência de
nossas polícias. A violência não é a causa, e sim o efeito. A violência é um
reflexo da realidade brasileira: pobreza, exclusão, impunidade e corrupção. A violência
é resultado de fatores econômicos e a arma na mão de um cidadão consciente é
apenas a sua defesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário