segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dourados e o ervateiro

De colônia de ervateiros a cidade modelo e polo regional, Dourados é a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Fundada em 20 de dezembro de 1945, a história de Dourados e do sul do estado está ligada de forma direta com a cultura da erva-mate. O município é jovem, mas conhecido portal do Mercosul, que vive da agricultura, pecuária, prestação de serviços e turismo de negócios.

No turismo é crescente a rede hoteleira e dos pontos turísticos mais visitados estão a uma reserva indígena, que recebe turistas internacionais. A cidade possuí inúmeras estatuas e monumentos, tanto em praças ou mesmo a beira de vias diversas. Dos focados na cultura ligada a erva-mate, dois são os mais lembrados e ficam na praça da Colônia Paraguai.

A praça, que fica no Jardim Itália, é um local usado em especial por descendentes de paraguaios para a realização de atividades culturais. Mas o espaço é também palco de ações sociais desenvolvidas pela administração municipal. A praça marca a forte presença cívico-religiosa do povo paraguaio na cidade. Entre outras questões, a praça conta com galpão aberto para a promoção missas campais. A praça Paraguaia tem ainda uma capela onde está a imagem da Virgem Caacupé, padroeira do Paraguai. A praça Paraguaia foi inaugurada em 1998, com a presença do então presidente do Paraguai Juan Carlos Wasmosy.
Dos monumentos em questão, o mais antigo naquele espaço é o do tererê e chimarrão. Enquanto que o outro foi instalado na praça em 2012. Trata-se do Ervateiro, o peão dos ervais. A imagem estava de forma inicial instalada, desde 2004, em canteiro central da Avenida Marcelino Pires e em 2009 foi transferido ao Parque Ambiental Arnulpho Fioravante
As mudanças de local da estátua geram a sua popularização. A medida foi gerada pela judicialização e midiatização do caso.  A peça foi alvo de ação no Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria do Patrimônio Público. A promessa na época era reinstalar o Ervateiro para ficar rodeado de vários pés de erva-mate, para criar um parque temático e contribuir na divulgação das tradições e da história do município.

O simpático e enigmático Ervateiro foi criado por artesão da cidade.  A peça é uma homenagem aos peões, que durante o período de 1883 a 1947, trabalharam nos ervais de Mato Grosso do Sul. Por mais de meio século, milhares de homens trabalharam na exploração da erva-mate no sul do estado. Um dos principais produtos de exportação da época garantiu a abertura de estradas, portos e ferrovias e direcionou a economia de Mato Grosso do Sul.

Embora seja uma homenagem ao trabalhador que atuava na exploração da erva-mate da região, a estátua fugiu da originalidade. O ervateiro daquela época não usava chapéu, mas sim usava uma espécie de cinta na testa. A medida facilitava o transporte dos fardos de cerca de 250 quilos que levavam nas costas. O cortador de erva-mate, ao contrário dos patrões, levava uma vida humilde e a grande maioria ervam indígenas e paraguaios.

http://www.progresso.com.br/caderno-a/ervateiro-encontra-o-seu-lugar-ao-sol
http://www.dourados.ms.gov.br/index.php/peao-dos-ervais-sera-entregue-neste-sabado/
http://www.douradosagora.com.br/dourados/praca-paraguaia-e-revitalizada-em-dourados
http://diarioms.com.br/a-erva-mate-o-ervateiro-e-o-prefeito-artuzi/

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