quinta-feira, 23 de junho de 2016

Prudentópolis, a persistência na extração da erva-mate

O município de Prudentópolis, no planalto paranaense, é conhecido por ser a terra dos imigrantes ucranianos. Mas é na zona rural, entre as cachoeiras gigantes e as florestas de araucárias é que ficam as plantações de trigo, soja, tabaco, milho e erva mate, que movimentam a economia local. Várias são as ervateiras que estão instaladas no município.

O que favoreceu por muito tempo a cultura ervateira na região em que fica Prudentópolis, é o chamado Sistema Faxinal, característico da região centro-sul do Paraná. Os descendentes de ucranianos se esforçam para manter velhos costumes e o espírito da comunidade, baseado no uso coletivo da terra.  Os Faxinais, forma histórica de organização social e de produção, surgiram como uma opção de subsistência, aliado a produção extrativista da erva-mate.

Mesmo, com as mudanças no perfil da produção agrícola no Paraná, é na microrregião de Prudentópolis que ainda estão localizados grande parte dos ervais nativos do estado. Mas é na região de Prudentópolis que ficam também, mesmo que fracionadas, a herança das fazendas de erva-mate. Hoje, muitos dos pequenos produtores da região são herdeiros e descendentes diretos dos fazendeiros e coronéis de erva.

A medida gerou o surgimento em 2014 da primeira Festa Regional da Erva-mate. O evento anual é realizado na Comunidade de Santa Terezinha Rio D'Areia. Durante as festividades são realizadas visitas a ervateiras  e palestra técnica, além de rodas de chimarrão, leilão e show de prêmios. Objetivo do Evento é valorizar o produto local, assim como, as ervateiras da região.

Além disso, roteiro turístico envolve a cidade de Prudentópolis e as Colônias de Witmarsum e Entre Rios. Por meio da Rota Eslavo-germânica são visitados museus e propriedades rurais em que é possível visitar ervais.


fonte:
V Seminário de Pesquisa em Turismo do MERCOSUL (SeminTUR)
Turismo: Inovações da Pesquisa na América Latina
Universidade de Caxias do Sul, RS, Brasil, 27 e 28 de Junho de 2008
Faxinais no Município de Prudentópolis - PR: Perspectivas Históricas1
Dircéia Antunes de Oliveira2
Faculdade de Telêmaco Borba e Faculdade Jaguariaíva


quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ponte Serrada: Capital Catarinense da Erva-mate

Encravada no coração oeste de Santa Catarina, o município de Ponte Serrada abriga a cada dois anos a Festa Catarinense do Chimarrão. Por conta disso, a partir de aprovação da Assembleia Legislativa e sancionada pelo então governador Esperidião Amin Helou Filho, a lei de número 11.834, de 10 de julho de 2001 e posterior consolidação pela lei 16.722, de oito de outubro de 2015, ficou Ponte Serrada reconhecido como a Capital Catarinense da Erva-mate.

A Festa Catarinense do Chimarrão é principal evento festivo e cultural do município, tendo por local o parque de Exposições Constanso Anselmo de Marco. A primeira edição foi realizada em 1986. O evento, que normalmente transcorre a cada dois anos, também acomoda feira industrial, comercial e exposição de animais.  O mês mais tradicionais da promoção do evento é maio, mas já foi realizado em julho.

A erva-mate é o principal produto da economia local. Tanto que, a cidade recebeu o título de Capital Catarinense da Erva-Mate. A Festa do Chimarrão é realizada anualmente, mas, este ano, Antoninho e Tibe buscam superar todas as demais edições, investindo muito na melhoria do parque e em grandes atrações.          

Mas o município, emancipado em 21 de junho de 1958, tem a erva-mate também como uma das bases do setor agrícola. A madeira de reflorestamento e a extração da erva-mate são matérias primas que geram importantes divisas econômicas a cidade. A maioria das propriedades rurais possui o cultivo da erva-mate consolidada e o material é comercializada nas ervateiras do próprio município e de outras cidades próximas.

O município possui cerca de 12 mil habitantes e fica a quase mil metros acima do nível do mar. Por isso, a arte de matear, as belezas naturais, os esportes radicais e os vastos pinheirais que entornam o Parque Nacional das Araucárias, criado em 2005, fazem do lugar um dos principais fornecedores de pinhão.

Teatro, educação ambiental e chimarrão

Em Machadinho, um dos municípios reconhecidos pela produção de erva-mate considerada mais suave, surgiu em 2006 grupo Aldeia Teatral. A companhia tem chamado atenção pelo desenvolvimento de apresentações que envolvem educação ambiental a partir da história do chimarrão.  A primeira versão da peça foi lançada em 24 de abril de 2012 e segunda edição em 2014.
A partir do projeto Tchê Mate foi desenvolvida a peça Roda de Chimarrão que reforça valores implícitos na cultura do chimarrão de uma forma cômica. O protagonista é Chimarrito, um herói que na sua primeira versão percorreu e desvendou os caminhos do mate. Desde sua origem e envolto na lenda indígena, passando pelos soldados espanhóis, pelos tropeiros, pelos padres Jesuítas e, por fim, chega à cultura gaúcha. O espetáculo também aborda a importância das propriedades terapêuticas da erva-mate. A pesquisa apresentada no espetáculo também faz referência a origem da erva-mate Cambona, desenvolvida em Machadinho.

Enquanto que a segunda versão do espetáculo mistura linguagens diferenciadas e interligadas, como vídeo, música ao vivo e teatro. Nessa versão, Chimarrito percorre o Rio Uruguai a partir cenas gravadas em Urubici, município de Santa Catarina.  No projeto intitulado "A Roda do Chimarrao II: Chimarrito percorrendo as Nascentes do Rio Uruguai" ainda é desenvolvida ao longo do espetáculo neve artificial junto a canções apresentadas pelos atores no palco. Ao longo da história são descobertas nascentes e pontos de preservação. Durante a turnê são distribuídas mudas de erva-mate.

Espetáculos da companhia receberam reconhecimentos regionais, estaduais e interestaduais, como o prêmio de melhor espetáculo na categoria Júri Popular no IX Maxi em Cena 2012, Festivais dos Festivais, em Maximiliano de Almeida, destinado ao Roda de Chimarrão - As Aventuras de Chimarrito. Além desse, outros dois projetos foram financiados via Ministério da Cultura: Roda de Chimarrão II - Percorrendo as Nascentes do Uruguai, e Caravana Ambiental – Revolta do Lixo Papão.

Todos os textos das peças são desenvolvidos pelo próprio grupo, o que garante a apropriação da linguagem regional. Desde 2006 foram quase 20 peças teatrais desenvolvidas desde a fundação. As apresentações passaram das 100 cidades visitadas, tanto no Rio Grande do sul, quanto em Santa Catarina. O grupo Aldeia Teatral também foi destaque em carro alegórico no carnaval de Joaçaba, Santa Catarina, em 2013.

Palmeira das Missões é “berço da erva-mate”


A cidade de Palmeira das Missões é conhecida como a filha da erva-mate. Com o objetivo de promover ações voltadas ao fortalecimento do setor, Palmeira das Missões investe no Conselho Municipal de Turismo. A cidade fundada em 6 de maio de 1874, é por lei estadual, oficialmente o "berço da erva-mate". O projeto de lei 63/2017 da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que declara o município de Palmeira das Missões o “Berço da Erva-Mate”, foi sancionado em maio de 2018. A medida valoriza a qualidade da erva-mate nativa da Grande Palmeira

Lá será criado o projeto Roteiro Turístico Berço da Erva-Mate - História e Cultura.  A meta é implementar um roteiro turístico que valorize a história e cultura palmeirense.  O cultivo da erva-mate é considerável desde a época em que foi distrito de Cruz Alta. Em 1821 os extratores da erva-mate denominaram a futura zona urbana do município de Vilinha. Ali ocorriam as trocas de mercadorias entre ervateiros e carreteiros. Antes, porém de conseguir a emancipação o local foi ainda conhecido por Vilinha do Herval, Vilinha da Palmeira e Santo Antônio da Palmeira. A autonomia administrativa e política foi conquistada em seis de maio de 1874 e assim passou a ser conhecida como Palmeira das Missões.

É no município que ocorre todos os anos o Carijo da Canção Gaúcha. Um dos maiores festivais de música nativista do estado tem sua última etapa sempre no último fim de semana de maio.  A ideia de criação do festival surgiu no Congresso Tradicionalista realizado no Parque Municipal de Exposições Telmo José Schardong, em janeiro de 1986. A primeira edição foi realizada naquele mesmo ano e no mesmo parque.  Em 2004, o Carijo foi agraciado com o Troféu Cultura Gaúcha, concedido pela Secretaria de Estado da Cultura. Em 2005, o festival passou a ser patrimônio cultural do Rio Grande do Sul por meio da lei estadual nº 12.282. Entre os troféus que o festival cede aos vencedores estão o Tarefeiro; Erva-mate; Chimarrão; Cevadura; Carijo; Cancheador; Sapecador; e, Soque de Erva-Mate.

O nome do festival vem do sistema mais antigo de produção da erva-mate. Embora a maioria das operações do preparo da erva-mate possam ser individuais, a secagem do pelo sistema Carijo é sempre coletiva. A vigilância para evitar as labaredas exige muitos olhos. O controle das chamas precisa ser por três noites. Para a secagem é preciso uma grade de varas que fiquem a um metro e meio do solo. Sobre essas varas são sapecados os feixes de erva-mate. Essa ação é de forma direta a partir do braseiro que arde embaixo de toda extensão coberta. A partir dessa operação coletiva foi gerado uma espécie de ritual festivo. Durante três noites completas, o Carijo vira o verdadeiro salão social dos ervateiros. A ação favorece causos, assombrações e até romances.

O sistema via carijo teve início naquela região no início do século 19 quando a Vilinha do Erval ainda era um rancheiro de capim localizado na mesma coxilha em que era realizado o festival. Naquele espaço as caravanas de carretas vindas de Cruz Alta eram abastecidas do "ouro verde das matas". A ação deu resultado e a partir da Ilex paraguaniensis o distrito ganhou forma.

Ainda em Palmeira das Missões fica o monumento da Cuia. O monumento homenageia aos antigos tropeiros. Mostra a panela de ferro, a chaleira e a cuia de chimarrão. O monumento composto por uma chaleira, uma panela de ferro e uma cuia. Fica na avenida Independência em frente à Cooperativa Tritícola Palmeirense, no centro de Palmeira das Missões.

O nome do festival vem do sistema mais antigo de produção da erva-mate. Embora a maioria das operações do preparo da erva-mate possam ser individuais, a secagem do pelo sistema Carijo é sempre coletiva. A vigilância para evitar as labaredas exige muitos olhos. O controle das chamas precisa ser por três noites. Para a secagem é preciso uma grade de varas que fiquem a um metro e meio do solo. Sobre essas varas são sapecados os feixes de erva-mate. Essa ação é de forma direta a partir do braseiro que arde embaixo de toda extensão coberta. A partir dessa operação coletiva foi gerado uma espécie de ritual festivo. Durante três noites completas, o Carijo vira o verdadeiro salão social dos ervateiros. A ação favorece causos, assombrações e até romances.

O sistema via carijo teve início naquela região no início do século 19 quando a Vilinha do Erval ainda era um rancheiro de capim localizado na mesma coxilha em que era realizado o festival. Naquele espaço as caravanas de carretas vindas de Cruz Alta eram abastecidas do "ouro verde das matas". A ação deu resultado e a partir da Ilex paraguaniensis o distrito ganhou forma.

Ainda em Palmeira das Missões fica o monumento da Cuia. O monumento homenageia aos antigos tropeiros. Mostra a panela de ferro, a chaleira e a cuia de chimarrão. O monumento composto por uma chaleira, uma panela de ferro e uma cuia. Fica na avenida Independência em frente à Cooperativa Tritícola Palmeirense, no centro de Palmeira das Missões.


http://www.guascatur.com/2013/05/monumento-da-cuia-palmeira-das-missoes.html
http://www.panoramio.com/photo/45293221

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Clube do mate

O Clube do Mate Oficial é definido pelos seus gestores como sendo uma comunidade e não uma empresa. Para eles é “a maior comunidade online do setor”. O objetivo, ainda segundo seus gestores, é de reunir os tomadores de mate e aproximar culturas. Nas redes sociais, a comunidade já conta com mais de 150 mil seguidores diretos espalhado por todo Brasil, em sua maioria, entre Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e, atrai centenas de novos seguidores todos os meses. Por meio de compartilhamentos, as mensagens do Clube alcançam mais de 600 mil visualizações mensais.
O Clube do Mate permite que os mateadores possam compartilhar entre si fotos, informações, curiosidades e entretenimentos em torno do chimarrão. Ao mesmo tempo, recebem também informações nutricionais, agendas culturais, novidades e acompanham as atividades que o Clube esta participando ou realizando.

O clube também realiza encontros aberto ao público intitulados de “Mateada da Fraternidade”. Essas ações, além de reunir pessoas, tem também o propósito assistencialista de arrecadar alimentos não perecíveis ou agasalhos que são destinados às entidades filantrópicas. Essas mateadas também contam geralmente com distribuição gratuita de erva-mate e água quente. Uma das ações mais consistentes, no segundo semestre de 2016, ocorreu durante 39ª Expointer, realizada em Estreio. Nesse caso, o clube fomentou a Mateada da Integração e divulgou em tempo real o que estava ocorrendo no espaço e também no evento.

Outra atração promovida pelo clube é o Festival Cultura com Mate. Por meio de fotografias, danças e músicas buscar fortalecer a diversidade cultural. Uma das ações foram realizadas por meio do Iº Festival Fotográfico Cultura com Mate. O evento foi realizado entre os dias 26 e 29 de maio de 2016, no Centro Cultural Gasômetro, em Porto Alegre. Na primeira etapa foram enviados ao clube imagens provenientes de usuários do site a partir de cinco países, sete estados e 150 cidades. Das fotos inscritas, 73 foram selecionadas por um júri. Destas, apenas as 30 que obtiverem mais curtidas foram para a exposição e, as cinco mais curtidas receberam troféus e brindes. A primeira edição contou ainda com pocket show.

O Clube do Mate Oficial ainda possui loja on-line em que são vendidos adesivos, camisetas e outros produtos que levam a chancela e o logotipo do site.

Loja Clube do Mate Oficial. Disponível em: <http://lojaclubedomateoficial.com.br/atendimento/segmento/1/entenda-quem-somos>. Acessado em 18 set. 2016.
Blog – Clube do Mate Oficial. Disponível em: <http://clubedomateoficial.com.br/blog/?tag=erva-mate>. Acessado em 18 set. 2016.
Clube do Mate Oficial. Disponível em: <http://www.clubedomateoficial.com.br/. Acessado em 18 set. 2016.

domingo, 5 de junho de 2016

Os municípios gaúchos que carregam a erva-mate no nome

A cultura da erva-mate está presente de forma literal no nome de alguns municípios. Os nomes são uma referência ao árvore símbolo do Rio Grande do Sul. Em algumas delas não existe mais resquício econômico ligado a essa cultura. Indiferente dos contrates, a memória comunitária dessas cidades contribui para a fixação do mito ligado ao chimarrão. Pelo menos sete são os municípios que fazem referência a erva-mate no nome. Três ficam na região do noroeste, outro na região metropolitana,  um sudeste e um de forma direta e outro por meio de citação indireta no centro oriental. Todos essas cidades possuem menos de dez mil habitantes. Mas ainda são dezenas de municípios que fazem jus a planta em brasões e hinos.

Desses municípios, o mais populoso é o Erval Seco que começou a ganhar forma a partir de 1900. A cidade era distrito à Palmeira das Missões. Antes de ganhar autonomia administrativa ainda foi distrito de Seberi. A partir de parte dos territórios de Seberi, Palmeira das Missões e Tenente Portela foi criado Erval Seco. A lei estadual que oficializou o novo município foi a 4.673, de 20 de dezembro de 1963. A origem do nome do município é resultado de um grande incêndio que queimou campos e ervais. Existiram movimentos para alterar o nome Erval Seco para Ervalópolis e Capitão Balbino, porém, os projetos não prosperaram.

Enquanto que Herval é um município com mais de seis mil habitantes e está localizado na microrregião de Jaguarão. O nome faz referência direta aos vastos matos de erva-mate encontrados naquela região no período da colonização. Hoje a vegetação nativa está dizimada. Na época da criação do município – 1881 -, erva era grafada com “h”. Nos símbolos oficiais, o destaque é o hino que faz referência clara o nome do município. “O verde da erva nos campos e montes (…)./ Herval tu nasceste do acampamento que a brasa eterna do fogo de chão”.

Santa Maria do Herval é outro município que foi criado tendo como alusão o nome a erva-mate. O nome Santa Maria do Herval é uma homenagem a Santa Maria, padroeira da primeira igreja construída na localidade. Também compõe a sua denominação a palavra "Herval" que ressalta uma característica da região, que é a abundância de ervais. Mas a palavra herval vem da tradução do termo “Teewald”, do dialeto alemão hunsrück falado pela maioria dos habitantes do município. Essa foi a primeira denominação da comunidade em que se instalaram os germânicos imigrantes por volta de 1844. Depois passou a ser conhecida como linha Herval até conseguir independência administrativa e política de São Leopoldo, por meio da lei estadual n° 8.634 de 12 de maio de 1988.

Na sequência, a partir do número de habitantes, figura o município de Erval Grande tem menos de seis mil habitantes, de acordo com o censo de 2000. O nome do município se deve ao cultivo em grande escala da erva-mate, existente na época da colonização. Os ervais nativos da época de 1926 não existem mais. A referência econômica ligada ao extrativismo da erva-mate nativa deixou de ser insignificante no contexto geral. Tanto é que hoje o município sustenta hoje o título de "Cidade das Azaleias". Porém, a alusão a erva-mate permanece no nome da cidade, no pórtico, no brasão, na bandeira e no hino. A canção oficial cita “Desce a balsa – corta a erva./ Colhe o fruto que brota do chão”. Em outro momento a letra da música diz ainda “Ao sorver tua seiva nativa./ No calor desta chama que aviva./ Sorvo a História”. A emancipação de Erechim foi autorizada por lei estadual em 1959.

Com cerca de três mil habitantes figura São José do Herval que foi instalado como município em primeiro de janeiro de 1989. Enquanto distrito pertenceu antes de virar município a Fontoura Xavier, quando a grafia ainda era São José do Erval. O termo herval deriva do fato de haver cultivo da planta de erva-mate. O território do município está relacionando a região do estado que era ocupada por indígenas charruas, tupis ou tupuias. São José do Herval pertence a microrregião de Soledade.

Na região centro oriental fica Herveiras, município que teve o povoamento iniciado no começo do século XIX. A partir de 1815 vieram os primeiros colonizadores germânicos e português. Os colonizadores estavam em busca de araucárias e de ervas gigantes, o que deu origem ao nome da cidade. Herveiras se emancipou de Sinimbu em 28 de dezembro de 1995, por meio da  1.0640.  São pontos turísticos reservas de araucária e cascatas e os principais produtos cultivados são tabaco, milho, feijão e erva-mate.

Destaque ainda para Ilópolis, município que fica na parte alta do Vale do Taquari. A cidade faz parte da microrregião de Guaporé. Seu nome deriva de Ilex paraguariensis (nome científico da erva-mate), e de polis (cidade, em língua grega), ou seja, Cidade da erva-mate. O município é o maior produtor gaúcho de erva-mate nativa e realiza a cada dois anos a Turismate. A cidade tem como slogan Terra da melhor erva-mate e da ecologia. No início do século XX surgiu a colônia de Itapuca, fundada pelo governo do estado. Em 1905 iniciou-se a colonização do atual município de Ilópolis, com a chegada de imigrantes. O distrito foi emancipado de Encantado pela lei 4687, de 26 de dezembro de 1963.

De forma indireta ainda pode ser citado município que também fica na região centro oriental rio-grandense, na microrregião de Santa Cruz do Sul. Apesar de não fazer referência direta a erva-mate no nome oficial do município, Ibarama significa em tupi-guarani “Terra das Árvores”. A erva-mate é classificada pela botânica como uma árvore e é um dos produtos de extração vegetal que aparece em destaque na economia local, a partir de dados do IBGE. No brasão também aparece uma ramo da planta. O município foi criado em 15 de dezembro de 1987 pela lei 8.485.