domingo, 25 de dezembro de 2016

Tráfico de pessoas

O comércio de seres humanos usado geralmente para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial, tráfico de drogas, mas também para a extração de órgãos ou tecidos. Essas pessoas ainda são usadas para barrigas de aluguel e remoção de óvulos. Se sabe que o tráfico humano movimenta todos os anos bilhões de dólares no comércio internacional. Alguns afirmam que essa é uma das atividades de maior crescimento das organizações criminosas transnacionais.

Desde 25 de dezembro de 2003 está em vigor o Protocolo para a Prevenção, Repressão e Punição ao Tráfico de Pessoas, coordenado pela Nações Unidas. O documento é o primeiro instrumento global legalmente vinculativo sobre o tráfico há mais de meio século. O protocolo do tráfico possui 166 partes. O documento facilita a cooperação internacional na investigação e repressão desse tipo de crime.

Além do tráfico de mulheres que geralmente presta a escravidão sexual e como objeto sexual, o tráfico de crianças é igualmente detestável e inaceitável. A exploração sexual comercial de crianças pode assumir muitas formas, inclusive forçando uma criança à prostituição. A exploração infantil também pode envolver trabalho ou serviços forçados, escravidão ou práticas similares à escravidão, a servidão, a remoção de órgãos, adoção internacional ilegal, o tráfico para casamento precoce, recrutamento como soldados, para uso na mendicância ou como jogadores de futebol.

Mas ainda, no passado, os escravos eram capturados por grupos inimigos e vendidos como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações socialmente vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico. A demanda por essa força de trabalho sustenta o comércio de pessoas. Esse ciclo atrai intermediários, que em determinados lugares são chamados de “gatos”, “coyotes” ou “animais”.
Lutar contra as regras do jogo, de um jogo sem regras, para garantir um mínimo de dignidade a milhões de seres humanos é uma tarefa árdua. Mas segue sendo tão necessária quanto no tempo dos abolicionistas, que lutaram contra o tráfico transatlântico e a sociedade escravagista.

domingo, 18 de setembro de 2016

Tererê Club

Uma loja de bebidas em Goiatuba em Goiás inovou e oferece um site focado na comercialização de produtos ligados a tererê. Os produtos vão desde camisetas, bonés, porta ervas-mate, bombas, garrafas térmicas, guampas e pacotes de erva-mate. A loja que comercializa, via internet, para todo o Brasil, fica na avenida Presidente Vargas, no centro da cidade. A entrega dos produtos é feita pelos Correios nas modalidades PAC e Sedex. Tendo por base o Código de Defesa do Consumidor, o Tererê Club criou uma política de devolução e reembolso.

Tererê Club. Disponível em: http://www.terereclub.com.br/. Acessado em 18 set. 2016.

Tererê delivery

O hábito de tomar o tererê é bastante forte no Paraguai. Para muitos paraguaios, o tererê é considerado tão importante quanto as danças folclóricas do país.  A entrega a domicilio de erva-mate não é uma novidade no Paraguai. Mas a novidade local é que o produto passou a ser entregue já pronto para ser consumido, ou seja, agregado com as plantas medicinais yuyos, bombas, guampas e água potável.

A entrega de tererê já pronto para consumir cresce de forma exponencial nas capitais dos departamentos. É um hábito muito grande em Assunção, capital do país. Lá existem locais onde é possível alugar tanto a jarra de água, quanto a cuia e a bomba, junto com a erva-mate. O conjunto custa cerca de cinco mil guaranis, a moeda local - equivalente a cerca de R$ 2,50. No pacote ainda está incluso a cadeira.
Na Cidade do Leste, capital do departamento de Alto Paraná, o tererê delivery também ganha espaço no mercado. São seis as maiores empresas que atuam nesse ramo. Alguns dos consumidores mais assíduos desse mercado são os cambistas, taxistas, funcionários da Aduana, agentes da polícia turística e da municipalidade da cidade.

DASSIE, César. Tereré e chimarrão carregam história, cultura e tradições. Globo Rural:  17/07/2016.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/globo-rural/noticia/2016/07/terere-e-chimarrao-carregam-historia-cultura-e-tradicoes.html. Acessado em 18 de set. 2016.

El delivery de tereré va ganando espacio en el mercado esteño. Disponível em: <http://www.ultimahora.com/el-delivery-terere-va-ganando-espacio-el-mercado-esteno-n582785.html>. Acessado em 18 de set. 2016.

Matchê e Mate Shop

A comercialização de erva-mate pela internet se tornou um empreendimento lucrativo para pelo menos dois sites. O mais tradicional no segmento é Clube do Matchê, de São Leopoldo, que entrou em operações no primeiro semestre de 2015. Já o outro – o Mate Shop - é mais recente e está centrado na cidade de Arvorezinha.

Já no primeiro ano em que o Clube do Matchê tomou forma os pacotes de erva-mate e outros produzidos no Rio Grande do Sul passaram a chegar tanto no Brasil, quanto no exterior. A ideia de criação desse clube de assinantes começou com os amigos Genaro Viera e Roberto Vieira. Os dois jovens empresários gaúchos passaram um período no exterior. Genaro nos Estados Unidos e Roberto na Austrália. O Clube do Matchê foi lançado em uma página no Facebook, como o sucesso havia sido grande, logo foi criado o site.

 No segundo semestre de 2015, o clube contava com mais de 72 mil, de 45 países diferentes. A cada novo kit que os idealizadores do Clube do Matchê preparam leva itens como pé de moça, pipoca doce, rapadura, doce de leite e torrones. Os módulos incluem uma revista com informações sobre as ervas enviadas, receitas, receitas, calendário das principais feiras e eventos do país e artigos relacionados à cultura e turismo.

Já em Arovorezinha surgiu outro empreendimento focado na venda de erva-mate pela internet. O chamado Mate Shop descreve em sua fanpage no Facebook que a loja virtual foi fundada em 19 de setembro de 2015. Ainda na fanpage é descrito que “A Mate Shop é a primeira loja do Brasil especializada em erva-mate e seus complementos!”. Dizeres parecidos ainda estão descritos no histórico do blog: “Mate Shop é o primeiro e-commerce do Brasil especializado no comércio de erva-mate”. Porém, nesse aspecto, é possível considerar que o mais correto seria a loja com o maior número de marcas.

No momento a loja virtual do Mate Shop está fora do ar. Desde o dia 16 de setembro de 2016 a loja passa por adaptações. “Nesta nova Mate Shop que está surgindo, garantimos um atendimento mais humanizado, descontos e promoções exclusivos, além da facilidade em realizar pedidos pela loja virtual, com o sistema OneCheckout (Finalização de pedido em uma única pagina). Tem mais, buscamos também parceiros para oferecer fretes ainda mais acessíveis para qualquer lugar do Brasil, com segurança e agilidade.” afirma o comunidade da direção do Mate Shop. No blog ainda são abordados assuntos de interesse dos mateadores e dúvidas sobre a cultura.

Loja virtual Mate Shop. Disponível em: https://www.facebook.com/LojaVirtualMateShop/. Acessado em 17 set. 2016.

Blog Mate Shop. Disponível em: http://www.blogmateshop.com/. Acessado em 17 set. 2016
Clube do Matche. Disponível em: <http://www.clubedomatche.com.br/>. Acessado em 17 set. 2016

CARVALHO, Celina. Venda de erva-mate pela internet conquista assinantes em todo o Brasil. sul21: 20/jun/2015Disponível em: <http://www.sul21.com.br/jornal/venda-de-erva-mate-pela-internet-conquista-assinantes-em-todo-o-brasil/>. Acessado em 18 de set 2016.

KREIBICH, Gicele. Clube do Matchê – o Rio Grande do Sul pelo mundo. Clube do Matchê: dezembro de 2015. Disponível em: <https://issuu.com/clubedomatche/docs/revista_matche_dezembro_3>. Acessado em 18 de set 2016.

UCHA, Danilo. Matchê. Jornal do Comércio: 2 de junho de 2015. Disponível em: <http://edicao.jornaldocomercio.com.br/jornal/jcomercio/2015/06/02/1707/pdf/pe02001.pdf>. Acessado em 18 set 2016.

sábado, 17 de setembro de 2016

Uma guerra pelos imensos ervais

A região rica em erva-mate e madeira, na divisa dos estados do Paraná e de Santa Catarina, gerou um conflito armado travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916. A chamada Guerra do Contestado, em quatro anos, deixou nove mil casas queimadas e até 20 mil pessoas mortas. Esse conflito armado foi motivado pela disputa territorial pelos ervais, entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A erva-mate foi a atividade econômica extrativa mais importante para o sul do vale do Rio Negro no final do século 19 e no início do século 20.

A indefinição dos limites territoriais entre Santa Catarina e Paraná vinha desde o Império, e até a Argentina pleiteava a posse de áreas dos dois estados. A guerra começou pequena, com um grupo reduzido de moradores desses campos que na época eram chamados de sertão.

Os rebeldes chegaram a se espalhar por uma área equivalente ao tamanho de Alagoas. Os chamados caboclos ou sertanejos enfrentaram as forças policiais e militares dos dois estados e do Exército. Os insurgentes eram movidos por motivos que iam do messianismo à luta pela terra. Eram contra o poder público e os coronéis locais. Reagiam ao impacto da construção de uma estrada de ferro, que os expulsou da terra onde viviam.

Os insurgentes queriam o fim das empresas que tinham se apoderado das plantações nativas da erva-mate. Eles mesmos queriam voltar a negociar a erva-mate antes da formação dessas grandes empresas, como aponta Mafra (2008): “A questão do conflito entre monopólios paranaenses e catarinenses no Planalto Norte indica a criação e o desenvolvimento de poderosas empresas em ambos os estados”.

A guerra foi encerrada no inverno de 1916 com a captura dos rebeldes. Já em outubro daquele ano veio a assinatura do acordo de limites entre Santa Catarina e Paraná. Pressionados pelo presidente Wenceslau Braz, cada um dos dois estados teve que ceder um pouco. A partilha, porém, foi vista como favorável aos catarinenses, que ficaram com 28 mil dos 48 mil quilômetros quadrados da área contestada.

BELTRÂO, Tatiana. Há 100 anos, o fim da sangrenta Guerra do Contestado. Agência Senado: 01/07/2016. Disponível em: <http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/07/01/ha-100-anos-o-fim-da-sangrenta-guerra-do-contestado>. Acessado em 17 set. 2016.



MAFRA, Dias Antonio. Aconteceu nos ervais: A disputa territorial entre Paraná e Santa Catarina pela exploração da erva-mate – região sul do Vale do Rio Negro. Canoinhas, 2008. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional), Universidade do Contestado. Disponível em: http://www.unc.br/mestrado/editais/dissetacao_mafra_seguranca.pdf. Acessado em 26 mar. 2016.

O primeiro chá mate concentrado do Brasil

A partir de pesquisas realizadas por um grupo de empresários em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, se deu início em 2010, a um projeto de pesquisa que tinha o intuito de desenvolver novos produtos naturais à base de erva-mate. Os produtos desenvolvidos fortaleceram as ações da Indústria do Mate do Brasil (Matebras), instalada desde 2005 em Catanduvas, também em Santa Catarina.

Atualmente produz e comercializa o concentrado para chá-mate com a marca Mate Brasil, um produto natural e versátil, podendo ser consumido com água, leite, quente ou frio, em forma de chá ou suco, simplesmente misturado ou batido no liquidificador, entre outras maneiras. O Chá Mate Brasil é tido como uma bebida energética com fibras alimentares, substâncias antioxidantes, estimulantes e minerais. O slogam do produto é “O primeiro chá mate concentrado do Brasil”.

Segundo o informe técnico da empresa, o Chá Mate Brasil é 100% natural sem adição de conservantes e não contém glúten. O produto ainda, de acordo com a empresa, é feito de folhas selecionadas de erva-mate, mas acima de tudo, amplia o seu “impacto positivo sobre o aspecto ecológico e socioeconômico da região”.

Outro produto desenvolvido pela empresa é o Ilex Sports que, segundo a empresa, serve como repositor hidroeletrolítico para atletas. De acordo com a organização, o produto possui componentes que são absorvidos de maneira mais eficiente pelos tecidos a fim de melhorarem a hidratação após o exercício físico. É indicado que o produto possui a reposição de água e eletrólitos, auxiliando para um bom desempenho físico. O produto é vendido em embalagens de 270 e 500 mililitros.

Sobre a Matebras. . Disponível em: <http://matebras.com.br/empresa>. Acessado em 17 set. 2016.

Informa técnico Chá Mate Brasil. Disponível em: <http://matebras.com.br/downloads/matebrasil-informe-tecnico.pdf>. Acessado em 17 set. 2016.

Bebida Hidroeletrolítica para Atletas. Disponível em: <http://matebras.com.br/ile-x-sports/bebida-hidroeletrolitica-para-atletas-270ml>. Acessado em 17 set. 2016.

Chimarrão Shop

Desde maio de 2013 funciona em Curitiba, no Paraná, o Chimarrão Shop. A casa é especializada em produtos para o consumo da erva-mate. A loja comercializa diversas marcas do principal ingrediente para o chimarrão e o tererê, além de utensílios como cuias, bombas, garrafas térmicas e outros acessórios.

No site da loja é oferecido ainda o “clube do chimarrão”, que a partir do três planos de assinatura, entrega mensalmente a erva-mate na casa do consumidor. A medida é feita via correios e os pagamentos dos planos são realizados via internet, por meio do PagSeguro.

No plano básico é oferecido, ao valor de R$ 30,00/mês, um pacote de erva-mate tradicional, de um quilo. No clássico são oferecidos dois pacotes de erva-mate por R$ 60,00/mês – um pacote tradicional e outro é sugestão do comprador. Enquanto que no premium são ofertados ao valor de R$    90,00/mês três pacotes, dois da tradicional e um quilo de sugestão do comprador. Todos os planos têm validade apenas no Brasil.

O estabelecimento é das sócias Sandra Lia Bazzo e Marilene Teló. A Chimarrão Shop está instalada na Avenida Manoel Ribas, 5570, bairro Santa Felicidade. Além dessa loja, as sócias possuem ainda, desde 1986, a Casa do chimarrão que comercializa também erva-mate para chimarrão, tererê e chá. Ainda oferece cuias, guampas, porta cuias, porta ervas, mateiras, térmicas, chaleiras, termômetros, filtros para bomba, ebulidores para térmica e chaleiras. A avenida Comendador Franco, 2651, no bairro Jardim das Américas, também em Curitiba.


Chimarrão Shop e Casa do Chimarrão promovem ação no Baile do Imperador. Disponível em: <http://www.opiniaocuritiba.jex.com.br/local/chimarrao+shop+e+casa+do+chimarrao+promovem+acao+no+baile+do+imperador>. Acessado em 17 set. 2016

Curitiba ganha casa especializada em erva-mate. Disponível em: <http://lojadechimarrao.com.br/post-format-audio/?v=0a9888dbd908#more-1702?v=0a9888dbd908>. Acessado em 17 set. 2016

Clube do Assinante – Loja do Chimarrão. Disponível em: <http://lojadechimarrao.com.br/clube-do-chimarrao/?v=0a9888dbd908>. Acessado em 17 set. 2016

Casa do Chimarrão. Disponível em: <http://casa-do-chimarrao.myshopify.com/>. Acessado em 17 set. 2016

Tererê shop

Em Mato Grosso do Sul, o tererê deu origem a um negócio lucrativo. Um empresário de Campo Grande montou uma franquia para vender o produto e acessórios da bebida típica da região. O negócio montado pelo empresário Léo Wenóli iniciou as atividades em 2010 com as redes de lojas físicas e pela internet em 2007.

As vendas iniciaram pela internet e hoje possui compradores dentro e fora do país. Tanto é que a loja no site se utiliza do slogan: "A maior loja de tererê do Brasil". O idealizador levou alguns anos para de fato iniciar a expansão para lojas físicas. Mesmo assim, em 2014, as duas unidades em Campo Grande estavam consolidas.

Enquanto que o momento inicial foi de experimentação, depois de tudo ajustado, a meta é expandir a franquia para outros estados brasileiros. O objetivo é chegar a chegar a 150 lojas em todo o Brasil com a Tererê Shop até 2020. O investimento inicial para abrir uma unidade fica em torno de R$ 150 mil, incluindo custos de instalação e a taxa de franquia. O faturamento médio mensal é de R$ 40 mil a R$ 60 mil.

A loja não oferece a bebida para consumo imediato, apenas vende os itens para que o cliente prepare em casa. A loja vende pacotes de erva-mate em mais de 30 sabores, como canela, menta, uva e limão. O produto mais vendido seria a erva-mate tradicional para o tererê, que custa em média R$ 20, mais o frete para quem reside no Rio Grande do Sul, um pacote de 500 gramas chega a R$ 50.

Também há acessórios para o consumo, como guampa (recipiente feito com chifre de boi, onde a bebida é consumida), bomba, garrafas térmicas e mesmo roupas, calçados e acessórios para os fãs da bebida.

O empresário sul mato-grossense é formado em publicidade e propagando e percebeu o feeling do negócio enquanto cursou a graduação em Minas Gerais.

COLDIBELI Larissa. Versão fria do chimarrão, tererê ganha franquia em MS; veja negócio. Do UOL São Paulo: 30/01/2014. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empreendedorismo/noticias/redacao/2014/01/30/versao-gelada-do-chimarrao-terere-ganha-franquia-em-ms-veja-negocio.htm>. Acessado em 16 set. 2016.
Empresário de MS transforma paixão pelo tererê em rede de franquias. Pequenas Empresas e Grandes Negócios, 15 de dezembro de 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2013/12/empresario-de-ms-transforma-paixao-pelo-terere-em-rede-de-franquias.html>. Acessado em 16 set. 2016.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

O mate no Chile

Hoje a bebida de maior consumo na sociedade chilena é o chá. Porém, nem sempre foi assim. Em outras épocas, e mesmo ainda em algumas localidades nos dias atuais, o mate ocupa lugar privelegiado, nos informa Miguel Franco, da Corporación Cultural Identidad y Futuro. Ainda segundo ele, no período colonial e nas primeiras décadas de independência do Chile, o mate era uma bebida bastante consumida no território. Ainda hoje no sul do país o consumo do mate permanece bastante ativo. Existem diversas ações neste sentido no Chilo que rementem ao mate.

Na cidade Coyhaique, em província homónima, que é a capital e o principal centro urbano  da região de Aysén del General Carlos Ibáñez del Campo, fica localizados um dos monumentos ligados a cultura da erva-mate. O monumento El Mate fica as margens da rodovia que leva ao aeródromo Teniente Vidal. Segundo a descrição feita da obra, o monumento representa o sacrifício de muitos homens e mulheres que ao longo da história se utilizaram do mate para vencerem o frio e bem receber os visitantes da região. Coyhaique faz parte da patagônia chilena e está a uma altura média de 310 metros.

A principal influência para que boa parte da população chilena trocasse o mate pelo chá em quase todo o território nacional, partiu dos imigrantes ingleses. Com a substituição do ritual do mate pelo consumo do chá, as exportações do produto cresceram de forma significativa a partir de 1810 a partir da Índia e China. A escritora e ilustradora britânica María Graham (1786-1842) relata em seu diário que inúmeras vezes foi convidada a acompanhar um mate com os chilenos. E ainda segundo ela, pela manhã a primeira ação dos nativos era preparar um mate e mesmo ocorria a tarde, depois de um breve descanso.

Miguel Franco cita ainda que nos primordios do Chile enquanto nação, o mate impulsionou a transformação e objetos do cotidiano em obras de arte. O rústico porongo foi substituido por recepientes nas altas classes por recepientes de prata e porcelna. Já a bomba passou a ser decorada com pedras nobres. Diferente de outros países latino americanos em que a cultura da mate permanece presente, o uso de porcela, prata e padras preciosas nos utensilios do mate foi comum antes mesmo de ter sido adotado na Argentina, Uguruguai ou no estado brasileiro do Paraná. Nessas regioes isso ocorreu na segunda metade do século 19m como destaca  Alfredo Taullard em seu livro “Platería Sudamericana”.

Graham, María; Diario de su residencia en Chile (1822) y de su viaje al Brasil (1823), Madrid, Editorial América, 1902.
Espinosa, Ismael; “Una costumbre de más de 350 años: El placer de un buen mate”. El Mercurio ARTES Y LETRAS Domingo 2 de Diciembre de 2007.
Barretto, Margarita; El mate: su historia y su cultura, Buenos Aires, Ediciones del Sol, 2006.
https://www.coyhaique.cl/portalturismo/paseos.php
Visto en: http://identidadyfuturo.cl/2012/01/el-mate-en-la-historia-de-chile/

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Anor Pereira Mendes a cultura do tererê em Campo Grande

Criados para preservar a história, monumentos revelam identidade do campo-grandense. Na cidade de Campo Grande, além de indicar aspectos históricos, as construções revelam a cultura, a tradição e a identidade do povo campo-grandense - formadas pelos povos originários do Brasil, os indígenas, e os imigrantes paraguaios, bolivianos, japoneses, sírio-libaneses e europeus. 

A avenida Duque de Caxias, que é uma das principais entradas de Campo Grande, é cheia de grandes monumentos. Um dos atrativos na via é um monumento em formato de guampa de tererê que foi instalado em 27 de dezembro de 2014. O monumento é em homenagem as tradições sul-mato-grossenses.

A escultura, concluiu tudo em um mês, pesa 300 quilos e tem seis metros de altura. Foi feita em cima de uma armação de ferro e finalizada com massa plástica de resina de poliéster com areia. Os detalhes são em cromado. A peça foi colocada próxima ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. 

Outro monumento do mesmo artista foi instalado, em abril de 2020, junto da Associação Colônia Paraguaia no Estado de Mato Grosso do Sul, tradicional “casa paraguaia” em Campo Grande. Lá fica o monumento Harpa, Violão e Tererê, que é em homenagem à amizade entre povos. A entidade cultural, social e filantrópica e sem fins econômicos foi fundada em 1973. 

Ambas as esculturas são assinadas pelo artista plástico Anor Pereira Mendes. Nascido em Terenos, criado em Aquidauana e desde 1980 vive em Campo Grande. Anor Mendes tornou-se escultor depois de uma carreira de quase 30 anos como serígrafo. É autodidata.

http://www.atribunanews.com.br/variedades/cultura/escultor-que-fez-india-do-mercadao-e-papa-cria-terere-gigante
http://www.grandefm.com.br/noticias/brasil/guampa-gigante-monumento-ao-terere-e-instalado-em-campo-grande
http://www.correiodoestado.com.br/cidades/campo-grande/de-cabeca-de-boi-a-cuia-de-terere-avenida-torna-se-a-via-dos/235845/

Festa e monumentos ao mate no Uruguai

Monumento al mate - Sarandí del Yi
A bebida tradicional no Uruguai é motivo de exaltação por meio de monumentos e festas. Dois dos monumentos mais lembrados ficam na cidade de Sarandí del Yí, no departamento de Durazno, e no departamento de São José, de forma precisa sua capital que é a cidade de San José de Mayo. Nessa cidade também ocorre a Fiesta Nacional del Mate y Día del Gaucho.

O monumento que fica em Sarandí del Yí foi inaugurado em 29 de dezembro de 1992. A obra que está localizada no parque doutor Elias Regules e ela é assinada pelo professor Jose Pedro Zamarrena. A estátua fica rodeadas de diversas flores.

O mate da obra é entregue com a mão esquerda e por isso, segundo o autor, está pedindo desculpas. Porém, o monumento quer brindar e bem receber a todos, pois o mate está do lado do coração e quer ser entregue com afeto. O autor também cita que a cuia é bastante fina para permitir que o mateador imediatamente perceba o seu calor. Ao mesmo tempo a bomba mais cumprida que as tradicionais, significa que a cuia é proporciona um momento muito familiar. 

Monumento al mate - San José de Mayo
Enquanto que em 2008 foi inaugurado na cidade San José de Mayo o seu próprio monumento al Mate. A obra artística foi concebida como uma intervenção urbana. Feita a partir de ferro e concreto, a escultura de 4,70 metros de altura e 2,50 metros de largura foi criada pelo artista e arquiteto Gonzalo Mesa. Para ele, a sua obra representa uma forma abstrata dos elementos que compõem o mate, por meio da cuia e bomba que estão envoltos em uma mão com relevos. Completam a paisagem pés de erva-mate e um pavimento com tons de chaleira e bomba. A escultura está instalada no Parque Rodó.

Mas a bebida tradicional é também motivo de festejos no Uruguai. Na capital do departamento de São José é realizado todos os anos a Fiesta Nacional del Mate y Día del Gaucho. O evento conta com espetáculos artísticos, concursos e atividades campeiras. O evento é desenvolvido pela Sociedade Crioula “Capitán Manuel Artigas” e organizado pelo governo provincial de San José.

O evento é realizado no parque Rodó, mesmo parque que recebeu o monumento. A Fiesta Nacional del Mate foi declarado de interesse departamental por atingir nível internacional e evidenciando os costumes e sabedoria popular da região.  Em fevereiro de 2016 ano o evento chegou a sua decima terceira edição.

http://www.turismoenuruguay.com.uy/paseos/paseos_masinfo.php?id=420&secc=paseos
http://sarandidelyi.webnode.es/turismo/monumento-al-mate/
http://www.viajeauruguay.com/gastronomia/el-mate-uruguayo.php
http://clubesciencia.es.tl/Mate-bebida-nacional-en-Uruguay.htm
http://www.lr21.com.uy/comunidad/1276636-fiesta-nacional-mate-san-jose-febrero
http://www.interpatagonia.com/coihaique/imagenes/coyhaique_e10-2083_i.html
http://sanjose.gub.uy/departamento/turismo/parque-rodo/
 https://es.wikipedia.org/wiki/Monumento_al_Mate
http://www.elpais.com.uy/vida-actual/argentina-vino-bebida-nacional-mate.html
http://www.elpais.com.uy/informacion/comienza-san-jose-fiesta-mate.html
https://www.facebook.com/Fiesta-Nacional-del-Mate-y-Dia-del-Gaucho-290940814265016/info?tab=page_info
http://sanjose.gub.uy/detras-de-la-gran-fiesta-hay-una-historia-de-tradicion/
http://www.republica.com.uy/fiesta-nacional-del-mate/502879/
http://www.tomamateyavivate.com.ar/eventos-argentinos/fiesta-nacional-del-mate-en-colonia-italiana/
http://www.turismoenuruguay.com.uy/paseos/paseos_masinfo.php?id=420&secc=paseos
http://www.uruguai.org/calendario-de-festas-e-feriados-no-uruguai/
https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g294323-d314513-Reviews-Museo_del_Gaucho_y_de_la_Moneda-Montevideo_Montevideo_Department.html
http://www.interpatagonia.com/coihaique/imagenes/coyhaique_e10-2083_i.html