domingo, 26 de julho de 2020

Áurea e erva-mate


O município gaúcho que se denomina como a Capital Polonesa do Brasil possui forte ligação com a cultura ervateira. Tanto o hino, quanto o brasão municipal de Áurea, no nordeste do Estado, fazem referência à cultura extrativista da erva-mate.

No início da colonização oficial em 1911 consta que, em Áurea, havia apenas pés de erva-mate nativa. Hoje a economia local é baseada na agricultura, entre as quais o processamento de erva-mate para o chimarrão. O município é caracterizado por possuir o ciclo completo da erva-mate, ou seja lá é produzida a planta, colhida e industrializada. São dezenas de indústrias e centenas de produtores envolvidos na cultural.

Muitos são os produtores produtores que possuem em suas propriedades ervais mais que centenários. São plantas marcadas por terem um sabor mais característicos e folhas mais densas as cultivadas atualmente.

É também no município que realizado o tradicional Baile da Erva-Mate. O evento foi realizado por décadas e depois esquecido. Mas, foi retomado em 2016. O baile, mais do que prestigiar produtores e ervateiras, representa uma fatia considerável da economia. O evento premia destaques em diversas categorias, como "produtor de matéria-prima", "viveirista produtor de mudas" e "indústria inovadora". O evento teve caráter beneficente para entidades locais.

O povoamento iniciou com a chegada de imigrantes poloneses. Em 1938, o local foi chamado de Princesa Isabel, e em 1944 passou a denominar-se simplesmente de Áurea. Quando os imigrantes poloneses chegaram ao Rio Grande do Sul ainda na época do império, a princesa Isabel acolheu e ajudou as famílias que perderam seus filhos devido a uma forte epidemia.

Com a intenção de lembrar as atitudes da princesa Isabel, o local passou a levar o principal de seus feitos: assinatura da lei de abolição da escravatura. A lei estadual nº 8419, que cria o município foi assinada em 24 de novembro de 1987.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário