domingo, 26 de julho de 2020

Tupanciretã e o Monumento ao Gaúcho


Para quem é bairrista e gosta de conservar a cultura gaúcha, precisa conhecer o Monumento ao Gaúcho, inaugurado no dia 13 de setembro de 2010, no início da Semana Farroupilha.

O espaço é uma homenagem ao povo gaúcho, que está representado por um monumento de uma mão que segura uma cuia, com o mapa do Rio Grande do Sul.

A arte foi esculpida em pedra de arenito e fixada na rótula de cruzamento entre as principais avenidas da cidade, em frente da Praça Coronel Lima.

 O monumento foi criado em alusão à história da cidade, principalmente sobre sua ligação com o povo indígena, suas culturas em agricultura e pecuária. Um lindo lugar para tirar fotos e ter uma recordação de Tupã.

Erechim, a cidade Capital da Amizade


"Quem passar pelo planalto com certeza
ao olhar para a mais bela natureza
há de ver campos de mel de guamirim
vai provar o mate da hospitalidade
vai levar no coração uma saudade
e a vontade de voltar pro Erechim."
                                   (Os Monarcas)

Erechim é mais do que a maior cidade da região do Alto Uruguai, região de planalto que circunda o grandioso Rio Uruguai. Erechim é reconhecida como a Capital da Amizade, pela sua hospitalidade. Aliás, quase tudo na cidade remete a uma conversa, em uma boa roda de chimarrão! Até porque a cidade possui diversas ervateiras.


Localizado em frente à Câmara de Vereadores, o monumento em homenagem à cultura do chimarrão foi inaugurado no dia 20 de setembro de 2006. Composto por uma cuia de chimarrão e uma chaleira, trata-se de uma referência ao hábito de chimarrear, tão comum na cultura gaúcha. Confeccionada em fibra de vidro, a cuia tem 1,97 metros e a chaleira (com o suporte) mede 2,20 metros.

Erechim é um termo indígena caingangue que significa "campo pequeno". Uma cidade com cerca de 100 mil habitantes, basicamente de origem italiana, alemã, polonesa, judaica, além dos primeiros habitantes da região serem os povos indígenas caingangues e guaranis.

O monumento também teve por objetivo de reforçar que a festa do chimarrão, apesar de hoje ser realizada em Venâncio Aires, na década de 1970 já era realizada em Erechim.

Áurea e erva-mate


O município gaúcho que se denomina como a Capital Polonesa do Brasil possui forte ligação com a cultura ervateira. Tanto o hino, quanto o brasão municipal de Áurea, no nordeste do Estado, fazem referência à cultura extrativista da erva-mate.

No início da colonização oficial em 1911 consta que, em Áurea, havia apenas pés de erva-mate nativa. Hoje a economia local é baseada na agricultura, entre as quais o processamento de erva-mate para o chimarrão. O município é caracterizado por possuir o ciclo completo da erva-mate, ou seja lá é produzida a planta, colhida e industrializada. São dezenas de indústrias e centenas de produtores envolvidos na cultural.

Muitos são os produtores produtores que possuem em suas propriedades ervais mais que centenários. São plantas marcadas por terem um sabor mais característicos e folhas mais densas as cultivadas atualmente.

É também no município que realizado o tradicional Baile da Erva-Mate. O evento foi realizado por décadas e depois esquecido. Mas, foi retomado em 2016. O baile, mais do que prestigiar produtores e ervateiras, representa uma fatia considerável da economia. O evento premia destaques em diversas categorias, como "produtor de matéria-prima", "viveirista produtor de mudas" e "indústria inovadora". O evento teve caráter beneficente para entidades locais.

O povoamento iniciou com a chegada de imigrantes poloneses. Em 1938, o local foi chamado de Princesa Isabel, e em 1944 passou a denominar-se simplesmente de Áurea. Quando os imigrantes poloneses chegaram ao Rio Grande do Sul ainda na época do império, a princesa Isabel acolheu e ajudou as famílias que perderam seus filhos devido a uma forte epidemia.

Com a intenção de lembrar as atitudes da princesa Isabel, o local passou a levar o principal de seus feitos: assinatura da lei de abolição da escravatura. A lei estadual nº 8419, que cria o município foi assinada em 24 de novembro de 1987.  

Dia Estadual do Produtor da Erva-Mate no Paraná

É comemorado anualmente em 2 de fevereiro o Dia Estadual do Produtor da Erva-Mate no Paraná. A partir da aprovação do projeto de lei pela Assembleia Legislativa e com a sanção governamental, a data passou a constar no calendário oficial do Estado. A publicada no Diário Oficial ocorreu em 6 de junho de 2019.
A escolha pelo dia 2 de fevereiro se dá pelo fato de nesta data, em 1885, ter sido inaugurada a Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, que permitiu o transporte da erva-mate para exportação. Ainda na então justificativa do projeto, de autoria do deputado estadual Hussein Bakri, foi destacado que é um gesto simbólico, mas que representa muito por ser um setor crucial para a economia, história e cultura do Paraná.
Ainda segundo a justificativa, a erva-mate é uma das maiores responsáveis pela construção da identidade histórica do Paraná. Por quase um século, entre 1853 e 1929, o produto respondeu por cerca de 85% da economia estadual. Além disso, a região do Vale do Iguaçu, no Sul do estado, é considerada a maior produtora de erva-mate do mundo.



Cruz Machado, capital da erva-mate sombreada


Além das belezas naturais e da cordialidade de seu povo, o município de Cruz Machado, no Paraná, se orgulha de ser conhecido como maior produtor de erva-mate sombreada do Brasil e do mundo. Cruz Machado está encravada no Vale do Iguaçu, junto de florestas de araucária. Essa privilegiada localização conduziu a economia local para a cultura da erva-mate e garante uma produção próxima de 90 mil toneladas de erva-mate em folhas ao ano.

A erva-mate gera empregos e renda ao longo de toda sua cadeia produtiva e também possibilita a conservação da fisionomia florestal nativa, já que a maior parte da produção paranaense é proveniente de ervais nativos ou sombreados. Nesse caso, a erva-mate é manejada em associação a espécies florestais nativas, como a araucária e a imbuia. Esse sistema de extrativismo ervateiro, além de favorável ao meio ambiente, confere a erva-mate aroma e sabor diferenciados.

A vasta produção de erva-mate de Cruz Machado, após ser processada e cancheada, é vendida em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Hoje, encontram-se instaladas em Cruz Machado mais de dez indústrias do ramo ervateiro, entre elas indústrias sediadas em Venâncio Aires, Erechim, Barão do Cotegipe, Arvorezinha e Ijuí, do Rio Grande do Sul. A planta local também é exportada para nações da Europa e da Ásia, além dos Estados Unidos.

Projetos concedem para o município de Cruz Machado os títulos de capital nacional e estadual da erva-mate sombreada. Um aprovado pela Assembleia Legislativa do Paraná, em 8 de julho de 2020, concedeu o titulo estadual. A proposta do deputado Hussein Bakri, tramitava desde setembro de 2019.

Paralelo a isso, ao longo de 2019 tramitou projeto do deputado Toninho Wandscheer que pretende conceder nacionalmente o mesmo título. Depois de aprovado em dezembro, o projeto foi remetido para apreciação do Senado. Mas lá está baixado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte e aguarda designação de relator.

A denominação da localidade é homenagem ao Antônio Cândido da Cruz Machado, senador do Império pela Província de Minas Gerais e benemérito paranaense por ter sido favorável à emancipação política da Província do Paraná, em 29 de agosto de 1853.