A ‘Terra dos Marechais’, ‘Princesa das Coxilhas’ ou ainda a ‘Atenas Rio-Grandense’, apelidos pelo qual é conhecido o município de São Gabriel, está localizada no eixo de passagem de turistas de vários países do Mercosul e que tem crescido nos últimos anos.
São Gabriel possui uma proximidade destacável com a cultura
e tradição da erva-mate. Tanto pela história da cidade remontar aos idos de
1750, por conta do surgimento das primeiras estâncias jesuíticas, dos Sete
Povos das Missões, e também por ter sido lá que foi edificado um chimarródromo
público. Talvez o primeiro com repercussão no Rio Grande do Sul.
O primeiro chimarródromo, inaugurado em 1982, ficava no
Calçadão, uma via exclusiva para pedestres. Esse espaço diferenciado, que
fornecia água quente, era único e chegou a ser reverenciado em cantados, prosas
e versos como um patrimônio do tradicionalismo gaúcho. No seu pilar principal
havia uma placa em que havia, entre outros dizeres, a frase ‘Um altar à
tradição’.
O chimarródromo, que foi uma atração turística na cidade, foi
projetado orginalmente por Vitor Silveira Corrêa. Mas o monumento que fez
sucesso também país afora precisou ser desativado por questão de segurança. Tratava-se,
na época, de uma exigência do Corpo de Bombeiros para facilitar o acesso às
lojas e imóveis do Calçadão no caso algum sinistro.
Dez anos depois, uma réplica do chimarródromo foi inaugurado
na cidade, mas tendo agora por local a praça Fernando Abbott. O novo chimarródromo
é um monumento menor, mas possui bancos para a comunidade poder sentar e tomar
seu chimarrão. A obra, inaugurada em setembro de 2019, esteve sob responsabilidade
dos engenheiros Eltom Luiz Mota Nunes e Vanessa Machado Borges e do arquiteto
Ivan Cezar Balsam.
Junto ao monumento foi descerrada uma placa. O chimarródromo
leva o nome de Vitor Silveira Corrêa. Antes disso, ainda 2017, no Legislativo,
foi formalizado pelo para reconstrução do chimarródromo. Ele foi descrito como “símbolo
do município, visando incentivar a cultura, as tradições e o lazer”.
A reimplantação foi tida como retorno as raízes e a
valorização das tradições culturais. A exemplo do primeiro chimarródromo, o
segundo monumento também tem na base do eixo de uma roda de carreta. Ele faz jus
e homenageia os carreteiros, já que São Gabriel é conhecida como o último
reduto dos carreteiros. Tanto é que no distrito de Tiarajú, na zona rural do
município, existe o último núcleo de carreteiros do Brasil.
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