A guayusa é uma planta parente da erva-mate encontrada na
parte amazônica do Equador. Com mais cafeína do que o próprio café, ela que vem
ganhando espaço no mercado internacional. O cultivo é antigo, mas a produção
comercial é bem mais recente e tem a ver com o aumento do interesse pela planta
no mercado internacional, especialmente dos Estados Unidos.
A Fundación Los Alidados, uma associação equatoriana que
reúne agricultores, tem como objetivo mostrar que a guayusa pode ser um exemplo
de produto que rende dinheiro sem devastar a floresta. Eles possuem uma linha
de produção montada com o apoio de uma fundação com sede nos EUA.
Existe um cuidado sanitário com o produto que é focando no
orgânico. a planta tem mais cafeína do que o café e muita teobromina,
substância também presente no cacau. Esses dois componentes dão energia para
quem busca uma vida saudável.
É um excelente antioxidante, anti-inflamatório, antiviral,
ajuda no processamento de açúcares, e isso faz com que a folha seja tão interessante
de se cultivar. Entre os americanos, a erva já é encontrada em supermercados,
na forma de chá ou como ingrediente de bebidas energéticas.
A nova era da guayusa como produto não elimina antigas
tradições dos índios equatorianos, especialmente entre etnia kíchwas. Uma delas
ocorre antes mesmo do amanhecer: a guayusada. As pessoas recebem uma porção do
chá da erva e começam a conversar entre si. Os nativos dizem que é hora de
planejar o dia que vai nascer, contar histórias, revelar sonhos, interpretar
sonhos.
É a hora dos mais velhos darem conselhos para os mais novos.
Sem esquecer do valor estimulante que o chá tem para enfrentar o dia. Antes de
beber, os homens fazem um bochecho e soltam o líquido no ar, num borrifo.
Os
índios acreditam que a erva é um presente da divindade suprema e que eles jogam
para o alto para que essa dádiva caia sobre eles. Além disso, eles garantem que
líquido serve como proteção contra cobras. E a guayusa é só uma das fontes de
conexão entre o material e o espiritual.
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