domingo, 28 de fevereiro de 2016

Lixo nas ruas: multar ou educar?

Há tempos o problema do lixo é a prioridade ambiental nas cidades. A poluição das ruas, aliado ao aumento da população e das embalagens e itens não-biodegradáveis gera uma desordem descomunal nesse meio. A degradação ambiental possui consequências muito maiores que vão além da sujeira que se acumula na ruas ou entupimentos de bueiros. O chorume gerado por esses depósitos irregulares de resíduos pode poluir o solo e os lençóis freáticos. Lixo é também fonte de muitas doenças.

O descarte irregular desses matérias ainda tem consequências centenárias. Para decompor o plástico não necessários até 450 anos e sem contar os materiais altamente tóxicos como pilhas, baterias e remédios que poluem para sempre solo e água.

Implementar programas que visem diminuir a quantidade de sujeira nas ruas são elogiáveis quando conscientizam a população por meio da educação e não com o uso multas para quem, por exemplo, joga lixo no chão.

A eventual falta de lixeiras por perto não pode servir de desculpa. Em várias cidades do mundo elas também são escassas como em cidades do Japão, mas nem por isso há sujeira nas ruas. Nessas cidades, o cidadão reconhece o seu compromisso e responsabilidade e não se importa de transportar consigo o resíduo até que seja possível descartá-lo de forma segura.

A aplicação de multas não resolve o problema e apenas inibi a recorrência deste lançamento indiscriminado de resíduos no lugar errado. Aplicar multas mais salgadas tem efeito didático limitado, pois quando a fiscalização não ocorrer, as pessoas voltam jogar o lixo na rua. Multar não resolve o problema da falta de educação para quem possui maus hábitos.  Pois, mesmo que o bolso seja parte mais sensível do ser humano, apenas por meio da correta conscientização do cidadão é possível sonhar com uma sociedade melhor e mais justa. 

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