domingo, 6 de outubro de 2019

Doenças erradicadas e as fake news

Doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação.  Baixas coberturas vacinais, seja em crianças ou adultos, acendem "uma luz vermelha". Surto de sarampo reforça o alerta para que os países do Mercosul aumentem a cooperação, também nessa área, para estancarem a reintrodução de doenças já eliminadas na região, o que incluí ainda a poliomielite, rubéola, difteria e tétano. Mas também constam na lista de preocupação a meningite.

Uma série de fatores compromete o sucesso da imunização no país. A dificuldade multifatorial evolve também a faixa etária em questão. Mas são as vacinas básicas, que acabam sendo, cada vez mais, negligenciadas. Os prejuízos causados pela falta de vacinação já estão se tornando realidade.
São fatores preponderantes a falta de conhecimento sobre doenças consideradas erradicadas, a divulgação de fake news via redes sociais e os horários limitados de funcionamento de postos de saúde.

Uma das informações falsas que circulam na internet é a que diz que vacinas causam autismo.
Apesar da vacina ser a principal forma de prevenção dessas doenças, ainda há uma resistência, por parte da população, pela vacinação. Prevenção é uma coisa complicada e complexa. Cobertura vacinal é sinônimo de ação coletiva. E as pessoas estão cada vez mais individualizadas para se engajar numa ação coletiva.

Com a desinformação, o chamado movimento antivacina, formado por grupos que se recusam a vacinar os filhos ou a si próprios, ganhou força e vem afetando toda a sociedade. Criada há mais de 200 anos, quando foi descoberta a fórmula da vacina para combate à varíola na Europa, as vacinas estimulam a produção de anticorpos contra determinado vírus e por isso mesmo sua descoberta pode ser considerada umas questões mais revolucionarias da medicina.

Não vacinar os filhos é uma prática ilegal no Brasil. O Estatuto da Criança e do Adolescente garante a todas as crianças o direito à saúde e torna obrigatória a vacinação. Mais do que um gesto de amor e cuidado, manter o calendário de imunização dos filhos atualizado é um dever de todo pai ou responsável.