domingo, 25 de dezembro de 2016

Tráfico de pessoas

O comércio de seres humanos usado geralmente para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial, tráfico de drogas, mas também para a extração de órgãos ou tecidos. Essas pessoas ainda são usadas para barrigas de aluguel e remoção de óvulos. Se sabe que o tráfico humano movimenta todos os anos bilhões de dólares no comércio internacional. Alguns afirmam que essa é uma das atividades de maior crescimento das organizações criminosas transnacionais.

Desde 25 de dezembro de 2003 está em vigor o Protocolo para a Prevenção, Repressão e Punição ao Tráfico de Pessoas, coordenado pela Nações Unidas. O documento é o primeiro instrumento global legalmente vinculativo sobre o tráfico há mais de meio século. O protocolo do tráfico possui 166 partes. O documento facilita a cooperação internacional na investigação e repressão desse tipo de crime.

Além do tráfico de mulheres que geralmente presta a escravidão sexual e como objeto sexual, o tráfico de crianças é igualmente detestável e inaceitável. A exploração sexual comercial de crianças pode assumir muitas formas, inclusive forçando uma criança à prostituição. A exploração infantil também pode envolver trabalho ou serviços forçados, escravidão ou práticas similares à escravidão, a servidão, a remoção de órgãos, adoção internacional ilegal, o tráfico para casamento precoce, recrutamento como soldados, para uso na mendicância ou como jogadores de futebol.

Mas ainda, no passado, os escravos eram capturados por grupos inimigos e vendidos como mercadoria. Hoje, a pobreza que torna populações socialmente vulneráveis garante oferta de mão de obra para o tráfico. A demanda por essa força de trabalho sustenta o comércio de pessoas. Esse ciclo atrai intermediários, que em determinados lugares são chamados de “gatos”, “coyotes” ou “animais”.
Lutar contra as regras do jogo, de um jogo sem regras, para garantir um mínimo de dignidade a milhões de seres humanos é uma tarefa árdua. Mas segue sendo tão necessária quanto no tempo dos abolicionistas, que lutaram contra o tráfico transatlântico e a sociedade escravagista.